O Souza foi o taxista que percorreu comigo esse engarrafamento. Ele já havia morado em Brasília e conversava quase tanto quanto eu. Quis me convencer que deveria morar no Rio, mal sabia ele que havia uma possibilidade real disso acontecer. Ouvi atentamente todosos argumentos do Souza para deixar Brasília e tornar-me uma cidadã do Rio de Janeiro durante os longos minutos que me separavam do Galeão.
Chegamos no limite para o check-in, mas antes de deixar o táxi prometi ao Souza avaliar com atenção a possibilidade de mudar de cidade. O Souza falava como um pai cauteloso que orienta a filha destrambelhada. Despedimo-nos com essa e outras promessas, afinal, disse a ele que doravante faria de seu cartão de visita meu cartão fidelidade.
Mas o melhor estava por acontecer. Feito o check-in eletrônico na GOL - está ótimo o serviço - dou-me conta que eu deveria estar no Santos Dumont.
Dois segundos de pânico depois, ligo para o Souza e sentencio 'Souza, volta!''.
- Já to quase em Bonsucesso, mas to voltando - foi a resposta do Souza.
Doze minutos e meio e várias unhas roídas depois, chega o Souza. E não perde a oportunidade:
- Olha o Rio de Janeiro segurando a senhora - isso é um sinal, heim!
Aquela altura, eu que não sou de estressar, estava suando frio. Aquele era o último vôo para Brasília. Sem problemas, com Souza na direção, não houve Rio de Janeiro querendo me segurar que desse jeito. Cheguei ao Santos Dumont em tempo de embarcar. Tá, é verdade que o avião estava atrasado, mas que' voltei para Brasília, voltei, Souza!
Entrou por uma porta e saiu pela oura mudo ou não para o Rio? O Souza já deu a opinião dele, e vocês, o que acham?
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