quinta-feira, 8 de abril de 2010

Diário de Bordo - SP

Sim. Foi uma enorme surpresa. Ao aterrisarmos o piloto informou com sua voz metálica que a temperatura na capital paulista era de 13º celsius. OOooops! Não estava preparada para tal frio, levara apenas uma capa de chuva,  por que ao consultar o clima havia a informação sobre chuva ao longo de todo o dia e à noite também.

Bem, a echarpe virou cachecol, abotoei a capa e salve-se quem puder!

Ok, está frio, mas logo estarei na cama quente do hotel e tudo ficará bem. Ledo engano, ao ligar o celular recebo sms de Lelo - meu grande e lindo amigo da época de escola fundamental - informando que não conseguira um único hotel (paulista, jardins, morumbi, moema...)tudo lotado em razão de um seminário de medicina que ocorria na cidade.



Olhei para um lado, olhei para o outro e... Bem nessas horas confirmo e reafirmo: amigos são tudo em nossas vidas! Ligo para Erwina - amigas há 10 anos, quem diria! - nem precisei acabar de falar 'vem pra cá, mulher!' Em poucos minutos estava alojadíssima no acolhedor lar-doce-lar de Erwina, com Zeca, o novo cachorro dela aos meus pés, tomando uma boa taça de vinho tinto e colocando a conversa em dia. Duas da manhã - 'eu vou me ferrar' - a fofoca foi longe e precisávamos dormir.

Não era a primeira vez que era acolhida ali. Lá estava o quarto quentinho que fora da Vivi quando ela morava com Erwina ainda. Banho morno, cama quente, amiga por perto: tudo o que eu mais precisava naquela noite.

São Paulo tem diversas qualidades. É uma cidade do mundo, que não para e não dorme, onde encontramos tudo, absolutamente tudo que queremos, onde os taxistas levam um volume de mais de 500 páginas de mapas da cidade, em que os engarrafamentos são infindáveis, os espetáculos diversos e maravilhosos. Acima de tudo, São Paulo para mim significa o aconchego de amigas queridas, como Erwina, Ana e nossa saudosa Marie.

Se comi bem? Não há como comer mal em Sampa. Era um espagueti com tiras de avestruz puxada em seu próprio molho, acompanhado de conversa, conversa, conversa, embaixo de uma árvore centenária num restaurante pra lá de agradável e cujo menu é honestíssimo. Serviço: chama-se Lilló e fica em Moema, na mesma rua em que Erwina mora. Delícia de lugar, se tiver oportunidade visite e me conte.

Reunião tranquila e exitosa, há um quilometro do apartamento. Aí conheci o homem mais gentil e atencioso 'do mundo'. Fiquei tão encantada com sua gentileza que quis imediatamente aderir ao movimento em prol da gentileza. Imagina que ele me ajudou a vestir o casaco, abriu a porta para mim. Um verdadeiro gentleman. Porque, onde e quando perdemos esse valor? O que nos fez tão desatent@s com as pessoas? Onde deixamos a gentileza, a solidariedade, a generosidade?

A maior parte de nós deixou para trás tais valores, mas eu sou testemunha de que pessoas ainda cultivam a gentileza eis aí, em São Paulo - a maior cidade do país - duas pessoas lindas que não me deixam mentir.

Obrigada, querida Erwina. Obrigada, senhor M.F. Vocês alimentam minha esperança de um  mundo mais solidário e gentil.

''Gentileza gera Gentileza'', já dizia o profeta. Então, vamos juntos. Vamos nos unir ao movimento Gentileza gera Gentileza e por meio de pequenos atos do dia-a-dia colaborar para que gentileza tome conta de nossas vidas e nossas relações.

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