quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os Patos

Hoje li um texto que me colocou macacos no sótão. Decidi compartilhar com vocês por que mudou minha vida lê-lo. Tão simples, tão óbvio e eu não via. Vamos lá, então...

Você já parou para observar os patos na lagoa? Não, não é pegadinha. Logo após um confronto, intenso e rápido, separam-se, afastam-se em direções opostas. Daí, eles liberam toda a energia que se acumulou com o conflito, batendo vigorosamente as asas.



Assim, liberados da energia acumulada na luta, nadam em paz, como se nada tivesse acontecido. 

Agora, pense um pouco, se o pato tivesse a mente que temos, ele manteria o confronto vivo no pensamento. Ele recriaria o ocorrido milhares de vezes em sua cabeça, formaria infindáveis diálogos internos e perderia horas e horas, dias e dias revivendo a dor e o sofrimento do confronto. A mente vai recriando e recriando a história, eternizando o conflito. 

Agora, e se fôssemos como os patos? Se conseguissêmos calar essa voz interna que fica martelando na cabeça, repetindo e repetindo a história, apontando culpados,  recontando e criando novos e tenebrosos detalhes?  A voz insiste e cria novos diálogos fictícios, se disséssemos isso, se respondesse aquilo. Será que conseguimos?

Podemos calar essa voz, mas para isso precisamos ter consciência de que esta voz não é o que somos, é apenas o ego vociferando para manter o estado de dor e de indignação, enquanto nos distanciamos de nós e de nossos desejos reais. 


Eu quero ser como os patos! E você?

2 comentários:

  1. Esse texto faz a gente pensar que nossas guerras interiores tb são partilhadas por outras pessoas, cada uma no seu contexto. Vemos a emoção prevalecer mesmo quando a razão já tem todos os argumentos para teoricamente vencer a guerra.

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  2. tomara que a emoção sempre vença... a emoção que vem do coração, porque a mente, mente! :-)

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