segunda-feira, 6 de abril de 2015

Eu Garanto...

''Eu garanto que teremos momentos difíceis, e garanto que haverá momentos em que um de nós - ou ambos - vai querer sair fora, mas garanto também que se eu não me casar com você me arrependerei pelo resto da vida por que sei que você é o homem para mim'' (Maggie Carpenter in Noiva em Fuga).



E eu garanto que revirando os rascunhos encontrei esse texto não escrito e me pergunto o que terá me inspirado a escrever sobre o filme, que particularmente gosto, e sobre o tema casamento.

Seja lá o que for que estivesse vivendo naquele momento - será que encontrei ''o cara'' e já nem lembro mais? - Se foi isso, que bom que não casei, não é mesmo?  Vou tentar construir uma idéia em torno dessa crença de ''o cara'' ou em inglês ''the one''.

Há um homem certo para mim ou para ti? Há o cara que magicamente [ou não] vai aparecer na tua vida e te tirar da torre, te pegar pela cintura, colocar na garupa do cavalo branco e te levar em direção ao sonhado felizes para sempre?

Podem me acusar de cética, mas duvido. Duvido de tudo no último período, exceto de que nos colocamos em torres. Sejam torres de afazeres ou torres de exigências, mas algumas de nós se encastelam mesmo. Todo o resto, como dizia, é estória da Carochinha. Não há príncipe encantado e menos ainda ''felizes para sempre''.

O que há é estar aberto ao Amor, mas não falo do amor romântico que em tudo é idealizado. Do amor  construído nos roteiros hollywoodianos há décadas que nos enchem a todos de sonhos inalcansáveis, que findam por contribuir para o fim das potenciais relações reais. Por que Amor é relacionar-se, não é estar num relacionamento, nem usar uma aliança de ouro 18k da H.Stern, nem casar de véu e grinalda ou reformar um apezinho financiado na Caixa.

Relacionar-se é revelar-se em toda a sua vulnerabilidade, é despir-se diante do outro por completo. Amar é abrir irremediavelmente o coração correndo todos os riscos de se ferir, de cair, de chorar um pouco, e na mesma proporção arriscar-se a viver integralmente o ser que se É diante de outro. E desse encontro simplesmente saber-se sendo a própria essência sem o medo de ser abandonado ou enganado. É ser acolhido em sua luz e sua sombra, sem ser julgado, aconselhado ou consertado.

Entrou por uma porta e saiu pela outra... Quem puder que comente outra!



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