Sabedoria observar os ciclos da vida e aprender com eles. Somos também nós parte da vida no planeta e vivemos, ainda que não nos demos conta, de tais ciclos.
A vida passa por nós, enquanto passamos por ela numa dança infinita e harmoniosa. Cada estação um desafio. Cada temporada um aprendizado. Assim passam os dias, os meses, os anos. Seguimos adiante bailando ao som do tempo silencioso que passa.
No entanto, há pessoas alheias aos ciclos da vida, não percebem a beleza nem se dão conta do movimento. E insistem em acreditar que ainda estão no mesmo lugar. O mundo gira e lá estão elas tocando as mesmas músicas, repetindo os mesmos versos gastos. O tempo passa tão lento que o som de suas vidas se distorce com um vinil tocando na vitrola em baixa rotação.
Há ainda aqueles para os quais o tempo não passa, a vida não passa. Estacionam num fato, num ato, num caso suas vidas vazias e ali repetem e repetem as mesmas escolhas: um vinil arranhado e melancólico. Há os que seguem bradando os mesmos gritos de guerra, repetindo e repetindo as mesmas crenças, sentados no centro do disco.
O tempo é relativo para cada um. Escolhemos o tempo em que tocamos nosso vinil predileto. Para mim, a primavera chegou, trazendo novas flores nos velhos Ipês do Eixão. Trazendo infinitas possibilidades de realização. Meu tempo é o agora, minha rotação é aqui. Qual é o seu tempo?
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