um sorriso largo
dois olhos azuis
três idéias na cabeça
quatro mãos entrelaçadas
cinco planos - devaneios
seis histórias pra contar
sete dúvidas intermitentes
oito dias encontrar
nove horas de apego
dez razões para amar
onze dias para esperar
doze passos pro infinito
treze é número de azar
quatorze duas vezes nota sete
quinze dias, voltas já!
dezesseis lembranças no corpo
dezessete fantasmas a assombrar
dezoito, a maior idade
dezenove foi pro mar...
Fim
''Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Uma mulher que merece viver e amar'' como outra qualquer do planeta''(...)
Saiba Mais de Maria
quinta-feira, 27 de junho de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
Hoje vou de... Eu sou quem eu Sou
Gloria Gaynor - Canta " I am what I am" - no HSBC em São Paulo- Parte II
segunda-feira, 13 de maio de 2013
As Cartas de Anita Lopes: sem hierarquias, por favor!
As Cartas de Anita Lopes: sem hierarquias, por favor!: assim te respondo, caioMARques sinto que assim nos encontramos. a carta sobre Alfonsina finalmente encontrou resposta. custou, mas te enc...
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Quarenta e tals
O corpo expressa caminhos percorridos. Corpo liso e rijo só nas modelos de capa, dez ou vinte anos mais jovens. Corpo em decomposição. Corpo marcado, gasto, registrado. Um corpo cheio de histórias, com vincos e vínculos; com saliências, protuberâncias, altos e baixos.
É um corpo, sim senhora! Um corpo com dobraduras. Em que todas as memórias se expressam sem pudor. Já não é um corpo jovem, mas tem alma com a energia infinita da juventude, misturada à imprudência lapidada pelos anos.
![]() |
Lucian Freud [desconcertante] |
Corpo em decadência revela intensidade de desejos e infinitude de desígnios. Pés que pisam firmes o chão por onde passam. Pernas que sustentam o peso das experiências e das lembranças. Coxas roliças que alimentam fantasias em meias rendadas no eterno carnaval.
Corpo desvela nos quadris o febril movimento das águas turbulentas sob as pontes, a languidez dos lagos e todos os sentidos e os sentimentos. Sensações. Barriga, abrigo e nutrição dos seres que trouxe ao mundo. Saliente, salienta-se. Corpo parido, resgatado.
Arriba, peito aberto: encolhe, expande, segura ondas, sustenta, abraça, acolhe. Peitos que alimentaram o mundo. Mulher de peitos, que aos poucos descansam sobre as costelas [e se derramam]. Já não é jovem e rija; é memória. Carinhos e carícias tecidos em veludos.
Ombros rotos, redondos, voluptuosos, braços finos, mãos pequenas: vincadas, marcadas. Repousa preguiçosa em sua nuca, a salamandra. Sobe lenta e sorrateira em direção aos cachos. Pelos envelhecidos, antes negros, agora acinzentados pelas estradas percorridas.
Do alto da cabeça veem-se vales e montes, um rio que corre para o mar. Abre caminho entre os olhos, desvenda o terceiro olhar, mergulha na face que os anos desmancham diante do espelho mudo; mudo. Abre-se num sorriso e volta a criar. Mais uma vez [e outra uma vez] dou à luz. Mulher parideira de idéias.
Arriba, peito aberto: encolhe, expande, segura ondas, sustenta, abraça, acolhe. Peitos que alimentaram o mundo. Mulher de peitos, que aos poucos descansam sobre as costelas [e se derramam]. Já não é jovem e rija; é memória. Carinhos e carícias tecidos em veludos.
Ombros rotos, redondos, voluptuosos, braços finos, mãos pequenas: vincadas, marcadas. Repousa preguiçosa em sua nuca, a salamandra. Sobe lenta e sorrateira em direção aos cachos. Pelos envelhecidos, antes negros, agora acinzentados pelas estradas percorridas.
Do alto da cabeça veem-se vales e montes, um rio que corre para o mar. Abre caminho entre os olhos, desvenda o terceiro olhar, mergulha na face que os anos desmancham diante do espelho mudo; mudo. Abre-se num sorriso e volta a criar. Mais uma vez [e outra uma vez] dou à luz. Mulher parideira de idéias.
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