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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A casa nas árvores « Cavalera

A casa nas árvores « Cavalera

Desejei profundamente esta casa, inserida na natureza, de forma ecologicamente correta.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Casa Espelho - Resposta a Caio

Caio:

A casa é espelho  que revela a alma que ali habita [há alma?] e por isso, adoro a sensação de olhar pela primeira vez não apenas a casa, mas o espelho [cidades, pessoas, espaços, fotografias, conceitos].

Quando chego aguço os sentidos e devagar vou sentindo o lugar. As escolhas [ou não escolhas] segredam o íntimo [sim, como um diário] de quem vive ali.

As cores ou a ausência delas. A disposição da mobília e suas formas. Há casas - já vi muitas - que reproduzem o show room de uma loja de móveis. Que dirias, Caio A., sobre as pessoas que moram ali?

Há aquelas que foram milimetricamente planejadas, com móveis imóveis.São tantas gavetas, portas, portinholas e nichos. Que pensar? Quantos segredos [ou segregação], talvez dissesse. Quanta previsibilidade! Talvez pensasse. Vi também daqueles que colecionam [seria essa a palavra?] coisas que arrastaram do caminho, e as depositam em casa como quem joga a toalha úmida no chão. A sala de visitas mais parece o museu dos horrores, tal abandono das lembranças, tal descaso com o percurso. E ainda as que adoram um passado que não lhes pertence. Forjando histórias vividas, lembranças que não têm. Memórias de outrem.

Lembro-me de que quando entrei na casa dele pela primeira vez, vi o vazio. Terra arrasada, um coquetel de show room com lembranças esparsas de uma infância vivida na idade adulta e decorado com apegos. As não escolhas assim o revelavam. Vi o descuidado zelo com as memórias, o abandono deixado pelos cantos, o desencanto náufrago.

Sim, era uma casa à deriva.

E no vazio desvelado, vesti a burca - olhos tapados - e diante das evidências, descuidei os olhos para privilegiar a boca.

Às vezes na vida sentimos tanta fome, que pedimos a quem não sabe cozinhar que nos alimente e esperamos e esperamos e esperamos pelo pão que nunca vem. Vêm migalhas e famintos nos refestelamos como se fossem banquetes com 9 talheres, 4 copos, entrada, ourd'evres, prato principal e dessert [estarias com fome?].

Os dias passam, as semanas e os meses e os anos. E a fome vai mitigando nossa capacidade de transformar o nada em amor. Insatisfeitos,  pedimos mais. Tornamo-nos 'exigentes' e mais não vem. E nos associamos ao sindicato dos famintos do mundo e fazemos greve, e escrevemos reinvindicações, e convocamos assembléias do 'eu sozinho' em que bradamos aos quatro ventos nossas inquietudes e insatisfações. Nos tornamos freaks perambulando pela sala de jantar. 

Mas, amado Caio, num dado momento nos damos conta de que escolhemos habitar uma casa vazia repleta de abandono e de descuido. Percebemos já sem dor que desejávamos nutrição e o dono da casa sequer sabe cozinhar. Momento de tirar a burca e revelar o que os olhos já haviam visto, mas preferiram tapar.

A burca é  pequena para mim. E como diria certo rabino sábio 'todo lugar em que a gente cresce, um dia fica pequeno' [e apertado].

Fica bem a ruminar esse diário lido, enquanto usufruo o prazer de minha janela com vista para o pátio iluminado de verde e ares novos.

Da sua,






quinta-feira, 25 de agosto de 2011

sábado, 11 de dezembro de 2010

O Pulso ainda pulsa...

My Art for Sale tirou o fôlego. Eu estava morta e não sabia. Comecou a  4a. edição da feira de arte, na inauguração da nova sede do mundo.ag, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil!

...o pulso ainda pulsa. Pude sentí-lo no ar perfumado e quente já no caminho. Havia um vibração intensa no deslocamento de paisagem urbana e no reencontro com novos amig@s.
...o pulso ainda pulsa, e pulsou ainda mais quando vi ``minha cadeira`` de outono. É essa aí ao lado, posta na lista de desejos-da-vida-inteira.
...o pulso ainda pulsa: intenso, forte, vibrante. Voltou o gosto, o paladar, o sabor. Voltaram os desejos, anseios e sonhos. Pulsou em Porto Alegre, pulsa em mim, irreverente, deslumbrado e forte.
Mundo.ag é magia pura. Mergulhei num mar amarelo mel, mergulhei naquelas janelas e senti perder-me no inolvidável mundo novo.
Os artistas ali reunidos fazem parte da nova cena contemporânea gaúcha e encantam até céticas almas vindas do planalto central do Brasil.

O My Art For Sale fica até 23 de dezembro, a visita é gratuita, no entanto deve-se fazer agendamento prévio por correio eletrônico contato@mundo.ag ou por telefone. Se passar por POA, não deixe de ir. Imperdível.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Branco

Branco. Decidi pintar tudo de branco. E olha que quem me conhece sabe que sou chegada a uma cor intensa nas paredes. Desta vez, no entanto, quis branco. Tudo alvo como lençóis pendurados num varal-de-quintal-em-dia-de-sol, como a primeira folha do caderno de desenhos da primeira série.

Branca - folha branca. É como me sinto, uma página em branco pronta para iniciar uma nova estória. Assim são as paredes do novo apartamento. Sim, estou me mudando de novo! Eu não disse que meu céu ja havia dito sobre mudanças em abundância mais uma vez em minha vida.

No entanto, uma coisa importante aprendi sobre mim mesma: convivo bem com a impermanência, mas não com a provisoriedade. As mudanças constantes não me abalam, mas os novos cenários têm de ser eternos e únicos enquanto durem. Provisoriedade, transitoriedade  não me animam. Sei ser pela metade, não! Só sei ser inteira nas escolhas, nas relações, no trabalho, na vida!!

TODA MULHER TEM DIREITO A SER INTEIRA E VIVER UMA VIDA PLENA E INTEIRA, MESMO QUE SUJEITA A MUDANÇAS!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Lar Doce Lar




''Lar tem algo de útero, é onde a gente se sente bem, aquecido, confortável. É também uma questão de chinelos. Eu acho. E você?'' (Viviane Pontes)


Lar é o lugar onde nos refugiamos depois de um dia duro de trabalho, espaço sagrado onde só amigos especiais tem lugar, onde nossa memória é trazida a público em pequenas ou grandes porções de história. Lugar de aconchego, conforto, prazer.

Lar não é somente um teto seguro onde se abrigar. É o retrato de quem somos do avesso, diz muito sobre nossa forma de encarar o mundo, a vida, as relações afetivas e sociais. Às vezes, tão sutil é a forma de comunicação que nem nós mesmos nos damos conta.

Dia desses entreguei-me ao prazer de deitar no sofá da sala e ficar observando a forma como arranjei algumas lembranças numa prateleira baixa na sala de estar. Conforme olhava para cada objeto percebia que o arranjo contava muito de minha história, algo sobre quem sou. Sobre as origens, as viagens, as preferências e até as contradições e as dicotomias 'nossas de cada dia'.

Impressionante como o enfileirar de objetos pode dizer tanto de nós, e fazer de uma sala, antes vazia de esperança e marcada por desarmonia, um espaço 'humanizado', aconchegante 'que não dá vontade de ir embora'.

A organização dos objetos, um xale sobre o sofá, a harmonização dos quadros, algumas poucas plantas fez do teto seguro um lar.

...Entrou por uma porta e saiu pela outra, quem quiser que conte outra porque


TODA MULHER TEM DIREITO A UM LAR.