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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Livros, leituras e Literaturas em Tempos de Internet: O Debate

Livros, leituras e literaturas em tempos de internet: um olhar sobre o campo literário brasileiro foi o tema que propus no edital da FUNARTE ano passado. Era um pré-projeto de mestrado que aproveitei quando surgiu a oportunidade da seleção pública. Fui aprovada! [e agora?]

Procurei um professor da UnB que transita neste tema. Fui super bem acolhida e ele tem me orientado, sugerindo leituras e a ordem do trabalho. Li quase tudo [engasguei num dos pilares: As regras da arte], mas ainda assim abri perspectivas várias, inclusive a de que talvez o campo literário [ou artístico] ainda seja profundamente movimentado pelos velhos legitimadores da época de Flaubert, à despeito das novas tecnologias. 

A confirmação desta suspeita veio de minha experiência no governo federal - Ministério da Cultura - nas gestões de Gilberto Gil e de Juca Ferreira (dois últimos Ministros da Cultura); com artigo de Márcia Denser publicado no site Congressoemfoco; e, à despeito das economias estarem ruindo mundo a fora, com a certeza de que mercado ainda é mercado. 

O que de novo pude constatar até agora, do ponto de vista de agentes legitimadores [da literatura ou não] é que as redes têm conferido autoridade a novos agentes, propiciando que idéias circulem a partir de novos lugares, de outras cabeças, provocando deslocamentos e colocando a velha mídia em posição de cheque. 

O impacto desses deslocamentos de autoridade é bastante perceptível quando se trata de veículos de comunicação, mas chegar até o campo literário é uma travessia que não logrei êxito ainda. Para falar a verdade não enxerguei realmente esse deslocamento quando se trata de campo literário. O que percebo é que os deslocamentos ocorridos quanto aos legitimados nos últimos 8 anos obedece às regras do próprio campo literário, conforme a teoria de Bourdieu. Estarei cega?

Em linhas muito gerais, estou desenvolvendo esses tópicos: agentes legitimadores, deslocamento de autoridade. [acho que estas seriam as tags], a partir dos conceitos de campo literário e de redes sociais.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Maria Rita Kehl e a Era das Possibilidades

Vinculo abaixo, o artigo de Maria Rita Kehl, publicado no Estadão e que colocou a moça de joelhos no milho, virada para a parede, lamentavelmente.


Internet, disse outro dia na roda de prosa sobre Culturadigital, é a expressão máxima do que chamo A Era das Possibilidades. Mas para viver esta Era temos de estar prontos para aceitar de fato que a liberdade de expressão  é para todos/as.

Para vivê-la bem, temos de exercitar os ouvidos abertos, a mente e o coração abertos. Estar prontos para discutir idéias e não ideologias. Abrir espaço para o debate que constrói novos caminhos para a qualidade de vida não apenas de nossa espécie, mas de todo o planeta. 

Respeitar as diferenças, inclusive em relação àqueles que estão ''do outro lado'', preservando a ética e o jogo limpo, em que todos/as ganham. 

Afinal, o que há no mundo, há em nós, inclusive ''o outro lado'', revire seus velhos baús e ainda haverá de supreender-se encontrando pensamentos, sentimentos ou experiências em que ''o outro lado'' se mostrou em você.

Não há por que envergonhar-se disso, conhece-te a ti mesmo, já dizia o filósofo, por que só conhecendo o que se passa dentro, entendo, compreenderemos o que se expressa fora.






Respeite o direito de autoria. Se for citar, dê créditos a autora.