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quinta-feira, 16 de julho de 2015

O Susto Assusta

Decidi escrever um livro de ficção. Uma grande amiga e poeta paulista me disse 'ficção? Uau! É super difícil escrever ficção!' Muda, não pude deixar de olhá-la perplexa. Era para me assustar? Ou ela se assustou? Não importa a intenção: Eu me assustei! E lá se foram os anos.

Mulheres na Janela - 1929 - Pablo Picasso


Parei e olhei no espelho. Será que seria capaz de escrever um livro de ficção? Assim surgiu a personagem Anita Lopes.

sábado, 3 de novembro de 2012

Qual a resposta?

'O que eu tenho de fazer para receber esse cuidado e essa atenção?'


Algumas perguntas nos desorganizam tanto que mal conseguimos responder. 



'O que eu tenho de fazer para receber esse cuidado e essa atenção?'


Mesmo ouvindo pela segunda vez a pergunta, não conseguia respondê-la. Via o cursor girar em busca de arquivos que contivessem a resposta: em vão. Não havia naquele tempo/espaço resposta. E, como de hábito, tropecei nos próprios pés e, de súbito, mandei uma resposta completamente sem verdade. Vencida pela timidez, que tento a todo custo ocultar, choveu dentro de mim. E fiquei a dar voltas em torno do rabo em busca da resposta que sei de cor. 

Para receber de mim cuidado e atenção, gentileza e coração é preciso bem pouco. 

Primeiro é preciso verdade. [aquilo que faltou em minha resposta atrapalhada];

Verdade de ser quem é, confiando em meus braços e coração abertos à toda gente. Não vale ocultar timidez, como fiz e tropeçar nos capachos das salas de estar, derrubando bandejas inteiras e fazendo algazarra. 

Em nome da verdade tenho de confessar: Assim, de surpresa, sinto medo e respondo qualquer coisa que me afaste rapidamente das perguntas que me embaraçam.

Então, é preciso também generosidade para aceitar quem sou, como sou. Perceber que por detrás da mulher intocável, há uma menina e que a guerreira valente tem um coração delicado, que merece [também] cuidado. 

Por último é preciso saber, e fazer valer, o cuidado e a atenção que desejas. Como? Por reciprocidade. 

Tudo o que dou é o que peço. Então, não venha com descuido ou desatenção. Cuide de mim e cuidarei de ti. Seja gentil e respeitoso, serei gentil e respeitosa. Seja carinhoso e serei carinhosa. Cuide e serás cuidado. 

E por fim, lembre-se do primeiro requisito [sempre]: Seja verdadeiro. 










domingo, 28 de outubro de 2012

O que é que a Bahia tem?

Amig@s é que a Bahia tem. Além de dendê, belas praias, lindas cores, sons incríveis, Olodum e Ile Ayê, a Bahia tem amig@s nov@s e antig@s.

Por isso fui a Salvador: rever amig@s. Era o reencontro da turma do ISBA, mas no primeiro dia na cidade me permiti rever uma nova amiga - Yara [e seu Robério-marido-mais-companheiro-do-mundo].

Fui recebida com tal carinho e cuidado que não podia deixar de registrar o valor de amizades que [re]conhecemos. Desde o primeiro instante, soube que Yara era para sempre em minha vida. E no reencontro não foi diferente. Tantas coincidências, tantas influências mútuas e recíprocas. Tantos afetos compartilhados.

Fui recebida com bolo de aipim, beiju, cuscuz e sucos de frutas tropicais, num autêntico lanche do sertão. Impossível não me sentir querida naquela atmosfera.

Depois um passeio gostoso por toda a cidade, revisitando lugares que fizeram parte de minha história ali, foi mágico.

Amores, costumo dizer [e não me canso], vêm e vão. Amig@s são para sempre!

Agradecida, Yara pela lindeza de cuidado que tiveram comigo aí.



domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais [do seu Pedro]

As marcas deixadas por um pai [boas ou ruins] a gente não esquece. Pode até tratar em terapia, superar a raiva, revisitar os papéis, mas esquecer é outro assunto. E que bom! Por que as referências que tenho do seu Pedro são incríveis e sou grata por elas.

Foi ele que me estimulou a leitura, quando ainda ensaiava entender as primeiras letras me deu a coleção de Monteiro Lobato - um clássico - que por mais crítico tenha se tornado meu olhar, ainda guarda doces lembranças de Narizinho, Pedrinho e Tia Anastácia. 

Ah, tia Anastácia! A melhor quituteira daquelas bandas. Lia as estórias e sonhava não apenas com as reinações de Narizinho ou as caçadas de Pedrinho, sonhava [e experimentava] todas as guloseimas que apareciam descritas nos livros. 

Meu pai ao lado. Compartilhamos ao longo da infância esse gosto por livros, esse gosto por sabores. Minha mãe sempre foi - pelo menos desde que me entendi por gente - genial na cozinha [e em tudo mais], criava pratos sofisticados e lindos, mas meu pai, vindo das Gerais gostava de reinventar as tradições nada triviais de sua terra natal. 

Com esse cenário, fim de semana era uma festa em casa. Começava com a feira, bem cedinho [6h]. Madrugava para acompanhar o pai. Era tudo tão colorido! Quando chegávamos os feirantes ainda estavam montando suas barracas, percorríamos toda a feira observando cada produto, sentindo o cheiro das frutas, no final da rua dávamos meia volta e retornávamos pechinchando e comprando laranjas, agrião, beterrabas, couve (não podia faltar). E parávamos estrategicamente na barraquinha do pastel antes de por os pés de volta a casa. 

Depois vinha a decisão de quem cozinharia naquele dia. E a cozinha virava território proibido para a maioria, mas não para mim. Tinha prerrogativas por ter ido à feira e por ser a primogênita. Assim fui me afeiçoando a esse mágico ritual com temperos e panelas. 

A experiência suprema de nutrir, não apenas o corpo, mas também a alma com sabores, cores e encontros fez parte da minha vida. Em torno da mesa éramos nossos melhores momentos. Compartilhávamos e acolhíamos nossas histórias da semana, nossas piadas de família, nosso afeto. 

Por tudo isso, posso dizer sem medo: Pai, tenho ótimas lembranças da minha infância contigo! Obrigada por me deixar essa referência.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Livros, leituras e Literaturas em Tempos de Internet: O Debate

Livros, leituras e literaturas em tempos de internet: um olhar sobre o campo literário brasileiro foi o tema que propus no edital da FUNARTE ano passado. Era um pré-projeto de mestrado que aproveitei quando surgiu a oportunidade da seleção pública. Fui aprovada! [e agora?]

Procurei um professor da UnB que transita neste tema. Fui super bem acolhida e ele tem me orientado, sugerindo leituras e a ordem do trabalho. Li quase tudo [engasguei num dos pilares: As regras da arte], mas ainda assim abri perspectivas várias, inclusive a de que talvez o campo literário [ou artístico] ainda seja profundamente movimentado pelos velhos legitimadores da época de Flaubert, à despeito das novas tecnologias. 

A confirmação desta suspeita veio de minha experiência no governo federal - Ministério da Cultura - nas gestões de Gilberto Gil e de Juca Ferreira (dois últimos Ministros da Cultura); com artigo de Márcia Denser publicado no site Congressoemfoco; e, à despeito das economias estarem ruindo mundo a fora, com a certeza de que mercado ainda é mercado. 

O que de novo pude constatar até agora, do ponto de vista de agentes legitimadores [da literatura ou não] é que as redes têm conferido autoridade a novos agentes, propiciando que idéias circulem a partir de novos lugares, de outras cabeças, provocando deslocamentos e colocando a velha mídia em posição de cheque. 

O impacto desses deslocamentos de autoridade é bastante perceptível quando se trata de veículos de comunicação, mas chegar até o campo literário é uma travessia que não logrei êxito ainda. Para falar a verdade não enxerguei realmente esse deslocamento quando se trata de campo literário. O que percebo é que os deslocamentos ocorridos quanto aos legitimados nos últimos 8 anos obedece às regras do próprio campo literário, conforme a teoria de Bourdieu. Estarei cega?

Em linhas muito gerais, estou desenvolvendo esses tópicos: agentes legitimadores, deslocamento de autoridade. [acho que estas seriam as tags], a partir dos conceitos de campo literário e de redes sociais.




quarta-feira, 18 de maio de 2011

A frase

- ''eu quero ir mesmo sem saber aonde, é porque confio n'ocê''
- puxa...adorei essa frase... um dia conhecerei um homem e ele me amará e honrará com verdade e esse homem me dirá esta frase...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Iogurte Cila

Tia Vera e Walderez - salvas do naufrágio do navio Itagiba 1942.


Coisa curiosa acaba de me acontecer. Acessei uma memória gustativa, um sabor da infância e imediatamente voltei àqueles dias. Quando criança, nas férias de verão em Fortaleza, experimentava os sabores da casa de minha avó Madalena e ouvia, atenta, as histórias e as estórias de meu avô Tito Canto. Lá experimentei sapoti - fruta predileta da época - biscoito maizena molhado no café e jerimum com leite.

Ainda há pouquinho, abri a geladeira despretensiosa, peguei um iogurte sabor natural, abri e ao sentir o cheiro imediatamente as sensações daqueles anos voltaram. Quase senti o gosto do iogurte Cila (será que ainda existe?) quando lambi a tampa metálica que cobria o laticínio. Fechei os olhos e viajei no túnel do tempo. Mergulhei nos doces anos em que as tardes eram feitas de brincadeiras no quintal e os sabores eram sempre novidade.

Era dada a fazer artes, criança curiosa que fui. Adorava explorar todas as possibilidades do 'bureau'' do meu avô. Feito de madeira maciça muitas vezes me diverti descobrindo o conteúdo das gavetas. Assim foi que certo dia encontrei a revista 43, que trazia foto dele e de minha tia Vera. Fora torpedeado o navio que os levava a Recife (vô, o que é torpedeado?) nos idos da Segunda Grande Guerra e razão pela qual o Brasil aderiu ao embate.

Sensação boa essa de saber de onde venho, ter lembranças, afetos... Quase posso sentir o vento de fim de tarde na varanda d'avó, o balanço da rede do vô. Quase posso ouvir sua voz chamando as'' três Marias'' para as sessões de estórias, hora dileta do dia.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Um Brinde ao Vôo da Lagartixa.

O salto do abismo fez um ano e alçou vôo antes de chegar ao chão. Isso mesmo, ACESSO|SOLUÇÕES fez aniversário no último 25 de março, com direito a parabéns, espumante e muitos aplausos. O lema desse primeiro ano de trabalho foi: Não engrosse as estatísticas do SEBRAE. Consegui Não fechei no primeiro ano, mas os desafios seguem me mantendo alerta, intensa e inteira. 

Não são poucos os obstáculos que uma pequena empresa transpõe para alcançar seu primeiro ano sem desistência e livre de dívidas. Eu os enfrentei com coragem, determinação e com a plena convicção de que estou no caminho certo. Não foi fácil, não tem sido, mas estamos no caminho do sucesso.

A convicção não vem de crenças ou teimosia, ela é fruto de muito estudo do mercado em que decidi atuar: mobilização de recursos para projetos culturais. O mercado é complexo e tem suas especificidades. Bastante vulnerável à externalidades é ainda um campo em que há muito a ser desbravado. 

ACESSO|SOLUÇÕES fez escolhas. Optou por trabalhar de forma coerente com os valores que sempre nortearam minha atuação pública. Por essa razão, priorizamos representar projetos culturais cujas estratégias de democratização de acesso e acessibilidade são as mais amplas e criativas. Projetos ambientalmente sustentáveis e socialmente responsáveis. Optamos também por investir em projetos inovadores no Brasil e com potencial de exposição positiva e diversa de nossa cultura e arte no exterior. 

Sim, com um ano de existência além dos projetos desenvolvidos no país, representamos projetos fora do Brasil. Em 2011: Brazilian Day Canadá e Brazilian Film Festival and TV de Toronto e estudamos outras duas propostas, uma em Barcelona e outra em Frankfurt. Em 2012 aguardem acesso e soluções incríveis em grandes oportunidades de investimento e fortalecimento para marcas.

A ACESSO|SOLUÇÔES tem experiência para encontrar caminhos e  juventude para criar soluções, por isso não desisto: Eu acredito na ACESSO|SOLUÇÕES!



quinta-feira, 3 de março de 2011

Histórias que Contamos a Nós Mesmos - Aniversário

Criança adora festa de aniversário,certo? Bolo, brigadeiro, brincadeiras e balões enchem os olhos e a boca de alegria. As minhas festas foram lindas, minha mãe era extremamente caprichosa e talentosa. Mulher criativa fazia cenários incríveis, passava noites acordada preparando toalhas de mesa exclusivas de papel crepon. Ainda assim registrei uma história sobre festas de aniversário que me faz tremer as bases quando vai se aproximando o dia. (hoje é o dia!)

Não lembro como ou quando começou, mas recordo que aos 12, solenemente decidi que dali em diante não queria mais festa de aniversário. Desfiei um rosário de argumentos e convenci meu pai e minha mãe que era muito melhor sairmos apenas nós da família para conhecer um bom restaurante (escolha da aniversariante, conta do pai).

Desde então passei anos sem fazer festa ou sair com amigos para comemorar. Cheguei a passar um deles absolutamente sozinha: pedi para ficar só. Depois do acidente de 2000, certa da gratidão pela vida, recomecei a comemorar com amigos. De lá para cá a sensação melhora, mas não passa. 

É uma fantasia, uma história que contei a mim mesma de que vai aparecer ninguém na festa. Que vou ficar sozinha, com tudo lindo e pronto esperando. Que ao redor da mesa decorada com carinho e cheia de guloseimas pessoalmente preparadas vai haver apenas o silêncio, que as horas, os minutos e os segundos passarão leeeenntos e aos poucos vou constatando que um esqueceu, o outro se enrolou no trabalho, outra ainda teve uma brigada com o namorado, enfim... que estou sozinha. Sozinha numa festa vazia.

Pergunte-me se algum dia na vida isso aconteceu? Não! Mas não impede que eu sinta o frio na barriga, a ansiedade e o medo de ser esquecida na porta da escola no final da aula.

Ooops...Preciso ir, reserva no restaurante para 12:30. Será que vou ficar sozinha naquela mesa imensa com os garçons e o maitre de testemunhas da minha solidão?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Evandro Teixeira

Viver no Rio é isso...




encontrar o mestre Evandro Teixeira e compartilhar uma pizza em plena segunda-feira.

Rio que te quero Rio!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano Novo, Livro Novo!

Livro e a metáfora da vida foi tema de um e-mail que recebi dia desses. Embora seja nada original, gostei do efeito e, sim,  por dias os macacos sambavam no sótão.

Folheando o livro 2010, primeiro descompromissada, pouco a pouco percebi quanto relê-lo era importante. Rever erros e acertos, escolhas e omissões trazia à consciência que sou autora da história, com méritos e responsabilidades.

Dei-me conta que esse livro é escrito à caneta, com tinta não lavável. O que escrevi ao longo de 2010, assim como as palavras ditas, não poderia ser apagado. Ali estava, registrado para a posteridade com todas as suas circunstâncias e consequências. Nenhuma escolha é inconsequente, ainda que assim o queiramos. E não nos é possível arrancar páginas. Dores e amores convivem no Livro 2010. 

Escrevo as últimas linhas do Livro 2010. Em poucas horas ele será fechado e colocado na estante, apenas para consulta. Não se presta a empréstimo. E no momento em que colocá-lo na prateleira desta primeira década dos 2000, receberei um novo volume: todinho em branco.

O que vou escrever? Ainda não sei. Sei apenas que em 2011 quero cometer erros novos. Desejo que o amor vença o medo e eu possa entrar com peito aberto. Desejo que a compreensão e o respeito, por mim e pelos outros, seja maior que a insegurança. Quero que o cuidado com meus corpos e com minha existência terrena seja maior que a falta de tempo ou o abandono de mim. E quero ainda, mais que tudo, clareza para enxergar o que realmente quero.

Enquanto esse post amadurecia na fila de publicação as primeiras linhas 2011 foram escritas, as primeiras escolhas foram feitas, o capítulo I recebeu seu título: Eu Quero

E o que mais quero em 2011 é serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que posso  e sabedoria para distinguir umas das outras. (oração da serenidade). 

Quero ainda:

Aprender o AMOR,
Conquistar a PAZ, cada dita, todos os dias
manter a SAÚDE, física, mental e emocional
curtir muito a FAMÍLIA, 
honrar a PROSPERIDADE,
ganhar DINHEIRO, fazendo o que amo,
viver a ABUNDÂNCIA, todos os dias
agradecer pelos AMIGOS, que estão  a meu lado, presentes ou ausentes, para apoiar quando preciso e para celebrar as conquistas.
ver DILMA ROUSSEF fazer um grande governo e CONSOLIDAR a participação de mulheres nos espaços de PODER.

ESCREVER, ESCREVER, ESCREVER...




segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Clichês

''Basta estar vivo para morrer''. Amo ditos populares, alguns julgam clichês desprezíveis, outros os usam indiscriminadamente. Eu, criada a base de frase de paralamas de caminhão, durante as intermináveis viagens por terra nas férias de verão, sei vários. E eles sempre me vêm à mente. São os precursores do twitter. Em menos de 140 caracteres dizem tudo, com clareza e objetividade.

Hoje ao sair do prédio onde trabalho vi o burburinho. Há menos de 15m uma mulher morrera de ataque fulminante do coração. ''Basta estar vivo para morrer'' - pensei. E os macacos começaram sua algazarra no sótão.

Por que nós esticamos mágoas e rancores? Por que nos afastamos de quem amamos por birra? Por que super valorizamos o medo em lugar do amor, a dor em lugar da saúde, a mágoa em lugar da compreensão? Por que buscamos afetos fakes para suprir nossas carências reais? Por que investimos tanto tempo em ferir quem nos fere, quando o que no fundo do coração queremos é que o engano, a briga, o desentendimento nunca tivesse ocorrido?

Por que perdemos valiosos minutos de nossa vida longe de quem nos faz feliz? De quem amamos? Dos amigos? Dos sentimentos verdadeiros?

Nossa vida está por um fio todos os dias. É clichê, sim! Mas é! A qualquer instante eu ou você podemos simplesmente deixar de existir e conosco vai embora um amor, uma palavra de afeto não dita, um reencontro adiado. Vale a pena usar paliativos para estancar a dor da injustiça ou da decepção em lugar de buscar o reencontro, o diálogo franco, maduro e honesto? Vale a pena falar com quem quiser e perder quem nos ama e a quem amamos?

Só existe hoje. Apenas hoje existe, por que basta estarmos vivos para morrermos. Quero viver cada dia como se fosse o último, preferencialmente ao lado de quem amo de verdade e não acalentando meu ego com carícias fake. Quero que, longa ou curta, minha vida seja real e intensa. Com dores e amores.

Não espere 2011 para ser feliz, para iniciar a dieta, para fazer as pazes com o irmão, para reatar o relacionamento com a mulher que ama, para dar uma chance ao homem da sua vida.

Viva agora! Jogue fora agora todo o lixo, os cadáveres, as más lembranças, as dores mal curadas, as mágoas e os rancores. Aceite agora que você e os outros têm limitações.

Viva agora! Não espere o dia seguinte, esse tempo não existe.

Viva agora os melhores desejos para 2011! Não há garantias! Portanto, viva. Agora!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quando o Carteiro Chegou...

...Nada como receber carta à moda antiga. Abrir a caixa de correspondência e encontrar um envelope destinado especialmente a você. Felicidade é isso também!

domingo, 21 de novembro de 2010

Assim é...

às vezes, por mais que se queira, não é possível esquecer a sensação de dolorosa surpresa que uma despretenciosa leviandade nos causa. É a dor de ser traída {em seu sentido mais amplo[intimidade (o que não necessariamente - ou sumariamente - envolve conjunção carnal) e cumplicidade], em seu sentido mais cruel}.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Festa de Aniversário é Sagrada

Há dois anos atrás fui convidada para a festa de aniversário de uma amiga querida. Ela quis arrasar, contratou um salão enorme e fez uma festa daquelas 'super', para muita gente. Naquela noite saí do trabalho muito tarde, depois de uma semana exaustiva, mas ainda assim pensando no que iria usar para ir ao evento. Não consegui. O cansaço foi maior e adormeci. No dia seguinte, ouvindo as estórias deliciosas sobre a festa, pensei: 'Que bom que foi tudo isso, assim ela não deve ter sentido minha falta'. Ledo engano, ficou magoada: não fui ao aniversário de 50 anos dela. 



Aprendi com minha amiga Roberta que festa de aniversário é sagrada. E é, cada dia estou mais convencida. Não importa se o aniversariante convidou 6 ou 7 amigos/as intímos/as ou se é uma balada para mais de 50 pessoas. Se te convidou, acredite, sua presença é importante. 




Para quem organiza uma festa de aniversário, cada convidado é significante. E até que os primeiros cheguem, há sempre o frio na barriga, o medo escondido no fundo do baú de que apareça ninguém. Pode parecer projeção minha - e há grande chance de ser - mas conheço 'n' pessoas que já me confessaram esse medo nem tão secreto. 





Por essa razão, hoje em dia, só furo festa de aniversário por motivos muito sérios. Sinto-me honrada – literalmente - por ser convidada a comemorar um aniversário. Obrigada Marcelo, obrigada Thaís por me incluírem nesse seleto grupo de convidados. 











Respeite a autoria. Se for citar, dê créditos.