quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Conferências do Estoril 2011 - Mia Couto

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Identidades em Transição

'Em tempos de discussão sobre orgulho gay e orgulho hétero, 3% da população brasileira diz sofrer preconceito de ambos os lados.

São os bissexuais --mais de 5 milhões no país, segundo pesquisa Datafolha de 2009. Na próxima sexta, dia 23, eles vão comemorar o Dia do Orgulho Bissexual.
Um deles é Fábio*, 17. "Sinto atração pela beleza dos dois", diz. "As mulheres são mais meigas e suaves, já os homens têm pegada forte, são mais rústicos."

Como ele, a estudante de ciências sociais Maraiza Adami, 23, também é bi. Ela reclama: "Os héteros acham que ser bi é transitório ou promíscuo. Já os gays, principalmente dentro do movimento LGBT, acham quase uma agressão você ficar com alguém do sexo oposto."

Especialistas em sexualidade tentam entender as razões do duplo preconceito. O psiquiatra Alexandre Saadeh, especialista em identidade sexual do Hospital das Clínicas, lembra que é muito comum que a bissexualidade seja vista como uma fase anterior à confirmação da homossexualidade'.

[o texto acima é parte: veja íntegra da matéria aqui: http://www1.folha.uol.com.br/folhateen/976741-bissexuais-reclamam-que-sao-discriminados-por-heteros-e-gays.shtml]



Vivendo rupturas difícil é encontrar o espaço [quem sou?]. Identidades em transição, mundo em transformação. E quem disse que é necessário um rótulo? Que dizer do pós-gênero? Por que temos de ser istou OU aquilo, quando podemos ser isto E aquilo?

Ontem, na Parada do Orgulho Gay de Brasília, fiz a reflexão: Como são mais felizes [ainda que falte muito para o reconhecimento] hoje as pessoas que podem ir às ruas, cantando e dançando, beijando e abrançando as pessoas que amam [ou nem tanto] sem serem tratadas como ''estranhas'', ''anormais'' e ''pervertidos''.

Falta muito, eu sei! Mas é o caminho que estamos trilhando a passos largos, por uma compreensão do afeto e dos desejos menos aprisionante, mais libertária e libertadora. Oxalá chegue logo esse dia, em que amaremos mais [e melhor], deixando os rótulos no passado e acolhendo o essencial.

De minha parte, é o que fica: ser inteira, não pela metade. Sem rótulos, sem falsas declarações bradadas ao vento, vazias de significados, repletas de justificativa.

Sou quem sou hoje! Quem serei amanhã? Só as Deusas* sabem!

*para quem acredita em Deuses.

Se quiser saber mais sobre a luta dos que amam indistintamente: http://www.bisides.com/

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Carta


De súbito dei-me conta de tudo a que me submeti: à mordaça, à convivência/conivência com aquela situação escusa. Ai! Fico feliz em saber que finalmente estou livre. E não senti nenhuma dor ao constatar que ele me eliminara completamente dos murais, das linhas de tempo, de sua vida. Ao contrário, foi um alívio. 

Senti como se a chave da cela, agora aberta, tivesse sido jogada ao mar. 


Por isso a carta, querido Caio A, sobre os sentimentos e o sentido de uma decisão necessária, corajosa [sim, há que ter coragem] e há muito adiada. Chega de conivência, chega de cálices. 


Cansei de ouvir: cala-te!

Sinto-me tão leve. Já não anseio por notícias ou sinais. Triste fim de Caio M. em mim, relegado a uma lembrança longínqua de alguém que um dia teve importância e, sem mais, deixou de ter. Deixou de ser.

É inacreditável, mas nada em mim diz da solidão de um final tão oco. Estou quieta, quase neutra diante da vida e do amor. O mar finalmente serenou e posso ver a luz da lua refletida na imensidão, clareando longe, sem contudo revelar o por vir. Mas o por vir tampouco me incomoda. É por vir.  E o agora, finalmente está sendo honrado comme il faut

Faço desde então o que é preciso a cada minuto, honrando esse minuto como se fosse, não o último, mas o único.

E nesse único minuto que me resta [antes do próximo], beijo-te a face, alargo o sorriso dourado dos olhos e te desejo uma noite estelar.

Sua sempre,

Maria Anita Lopes do Canto 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Streap Tease

Aos poucos soltei as tranças, olhar longínguo.
desamarrei os cabelos e o lenço, deixei cair sobre os ombros
derramarem-se...

Tirei os brincos, signos
Limpei os lábios rúbios, deixando-os na pele e carne
carnudos

O xale deslizou pelos braços
Caiu aos meus pés, como tu um dia  [em sonhos]

Despi-me da blusa alva, da saia florida, dos sapatos
desnudei a alma

Já não era Frida, nem Camille...
Deixei Simone de Beauvoir, 

Rosa de Luxemburgo, Leila Diniz...

Despi-me de todas elas,
Abri mão!
Abandonei Carry Bradshaw...

O sexo e a cidade...


Nua em praça pública, simplesmente Maria.

O Veneno Está na Mesa (Parte 03)



Da série 'alimentação saudável é complicado por aqui''.

Bom final de semana, com alimentos orgânicos!