Querido K,
A viagem foi fantástica e a cidade não chegou a me surpreender. Uma cidade, é apenas uma cidade. Há peculiaridades poéticas, ruas com túneis verdes por onde o tempo passa mais lento, pôr-do-sol à beira do rio-lago, gente muito diferente de nós, com bochecas rosadas em vez de pele vermelha.
O reencontro foi espantosamente acolhedor. As memórias de minha meninice vieram habitar a conversa regada a café quente, broas, tortas salgadas e geléias. As paredes da casa, acreditas, eram vermelhas. Depois de décadas havia ainda afinidades entre nós, afinal.
Ela constituiu família, daquelas bonitas famílias que têm dois filhos, um carro na garagem, cachorro e férias na praia, mas continua exatamente como me lembrava: sorriso largo, olhar quase infantil.
Fizemos a retrospectiva dos anos vividos à distância, contamos dos rumos que tomamos, enquanto sorvíamos o café quente em meio à noite fria.
Quando, por fim, se fez silencio entre nós me deixou no hotel, exatamente onde me apanhara. Abraços, despedida e promessas de não nos perdermos mais. O reencontro, K, foi assim. Simples e tranquilo como ela mesma.
Hoje o vento frio está cortante e eu já me preparo para o retorno. Confesso-te que sinto falta da vibração de nossa cidade e da alegria de nossos passeios. Sinto falta do calor da gente daí, aqui a distância e o clima frio afasta as alma e a solidão aborrece mesmo em meio à multidão.
Prepara-te para minha chegada com um abraço acolhedor que possa reaquecer meu espírito e enxotar a solidão que se alojou em mim por aqui. Estás pronto?
Anita.
''Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Uma mulher que merece viver e amar'' como outra qualquer do planeta''(...)
Saiba Mais de Maria
domingo, 16 de maio de 2010
Diário de Bordo Porto Alegre III
Hoje, por fim, conheci o famosíssimo Zaffari.
Nove entre dez gaúch@s morando em Brasília dizem que o que mais lhes faz falta é o Zaffari.
Ouvi por muito tempo sobre a organização, a limpeza, a beleza e o atendimento gentil e educado.
Tantos comentários fizeram com que o Zaffari figurasse na minha lista de lugares para visitar em Porto Alegre.
Fui conferir nesta manhã de domingo. Sim, o Zaffari é lindo. A arquitetura interna é diferenciada, a organização é impecável, a limpeza faz gosto. No entanto, o atendimento foi algo mal-humorado. Não foi uma primeira e única impressão. 100% dos funcionários com que tive contato - três - foram secos ou visivelmente acordaram com o pé esquerdo. Logo, minha experiência não foi tudo o que esperava que fosse.
Na caminhada de volta ao hotel, passei por uma rua encantadora. Rua da República, na Cidade Baixa é arborizada, e, pelo menos na manhã de domingo, tranquila como brisa de fim de tarde. Muito me lembrou a Calle Honduras, em Buenos Aires. Faltou o registro fotográfico, mas a retina salvou esse arquivo visual.
Ontem à noite, fui conferir as massas do Atelier das Massas. Um lugarzinho charmoso, localizado na r. Riachuelo, 1482.
Vale a pena experimentar as massas caseiras com seus molhos exóticos. Experimentei o Fetuccine à Forestier. A massa, bem mais larga do que eu esperava, estava saborosa. Acompanhei com um Tannat - uva de minha preferência - e excelente companhia.
Nove entre dez gaúch@s morando em Brasília dizem que o que mais lhes faz falta é o Zaffari.
Ouvi por muito tempo sobre a organização, a limpeza, a beleza e o atendimento gentil e educado.
Tantos comentários fizeram com que o Zaffari figurasse na minha lista de lugares para visitar em Porto Alegre.
Fui conferir nesta manhã de domingo. Sim, o Zaffari é lindo. A arquitetura interna é diferenciada, a organização é impecável, a limpeza faz gosto. No entanto, o atendimento foi algo mal-humorado. Não foi uma primeira e única impressão. 100% dos funcionários com que tive contato - três - foram secos ou visivelmente acordaram com o pé esquerdo. Logo, minha experiência não foi tudo o que esperava que fosse.


Vale a pena experimentar as massas caseiras com seus molhos exóticos. Experimentei o Fetuccine à Forestier. A massa, bem mais larga do que eu esperava, estava saborosa. Acompanhei com um Tannat - uva de minha preferência - e excelente companhia.
sábado, 15 de maio de 2010
Diário de Bordo Porto Alegre II
Porto Alegre vista do Cais do Porto é pura poesia. Visita ao mercado municipal é obrigatória.
A variedade de sabores e cores é incrível e os bares e restaurantes, simples e saborosos. Estando na capital colorada (me perdoem os gremistas), não há como deixar de visitar.
Fugi. Fugi na hora do almoço, caminhei até o mercado para encarar um parmegiana honesto, para só depois descobrir que, embora a comida do mercado seja gostosa em quase todo lugar, a recomendação mor é o Gambrinus. Não deu, terei de voltar a cidade.

Ontem à noite, cinco mil pessoas prestigiaram o show de O Teatro Mágico, que teve abertura de um importante artista gaúcho: Nei Lisboa.

Por fim, o reencontro com pessoas importantes do passado, resgatando velhas memórias, importantes experiências vividas. Cada vez mais acredito que sou: eu e minhas experiências, que sou: eu e minhas circunstâncias, profunda, intensa, real e verdadeira. Em qualquer parte do país ou do mundo amizades permanecem atravessando décadas, quando a entrega é verdadeira, transcendem a materialidade dos encontros.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Diário de Bordo - Porto Alegre I
Chegada a Porto Alegre sujeita a turbulências em razão do mau tempo. No mais, táxi para o hotel. É uma cidade. Ponto.
Hotel simples, relativamente honesto. Cama confortável para uma carcaça exausta como a minha.
Café da manhã à moda. Excelente companhia nas primeiras horas da manhã. Nada como uma boa prosa logo cedo.
Logo cedo iniciou o trabalho. Duro e árduo do dia todo. Acompanhando, verificando, administrando a ansiedade do atraso na montagem. Estamos aqui, até agora. E ficaremos por mais não sei quanto tempo ainda.
O Cais do Porto é lindo, a vizinhança, embora seja área central é muito bem conservada, pelo menos o pouco que pude ver no trajeto para o almoço.
Nenhuma nota especial com respeito ao almoço: rápido, ligeiro, barato e bem corriqueiro. Mas atendeu a necessidade do momento. Quem sabe consigo me presentear agora à noite. Quem sabe?
O trabalho segue, e eu?
Sigo feliz com as escolhas que fiz.
Hotel simples, relativamente honesto. Cama confortável para uma carcaça exausta como a minha.
Café da manhã à moda. Excelente companhia nas primeiras horas da manhã. Nada como uma boa prosa logo cedo.
Logo cedo iniciou o trabalho. Duro e árduo do dia todo. Acompanhando, verificando, administrando a ansiedade do atraso na montagem. Estamos aqui, até agora. E ficaremos por mais não sei quanto tempo ainda.
O Cais do Porto é lindo, a vizinhança, embora seja área central é muito bem conservada, pelo menos o pouco que pude ver no trajeto para o almoço.
Nenhuma nota especial com respeito ao almoço: rápido, ligeiro, barato e bem corriqueiro. Mas atendeu a necessidade do momento. Quem sabe consigo me presentear agora à noite. Quem sabe?
O trabalho segue, e eu?
Sigo feliz com as escolhas que fiz.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Vou para Porto e bah! Tri-legal!

Hoje embarco para a capital gaúcha, a sede do time do coração.
Espero conseguir dividir aqui as experiências sensoriais, gustativas, olfativas e afetivas que aquelas paragens me proporcionarão.
Embora saiba que a agenda por lá será lotada e interessante, visto que vou a trabalho para a Feira de Brasil Rural Contemporâneo, espero poder conhecer pelo menos o mercado municipal e o museu Iberê Camargo.
Conto no caminho - durante o caminhar - o que a capital que abriga meu coração me reserva.
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