My Valentine...
Somos verbo
Nada além de verbo
Nós mesmos
em permanente movimento
Somos Verbo
''Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Uma mulher que merece viver e amar'' como outra qualquer do planeta''(...)
Saiba Mais de Maria
segunda-feira, 13 de maio de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Quarenta e tals
O corpo expressa caminhos percorridos. Corpo liso e rijo só nas modelos de capa, dez ou vinte anos mais jovens. Corpo em decomposição. Corpo marcado, gasto, registrado. Um corpo cheio de histórias, com vincos e vínculos; com saliências, protuberâncias, altos e baixos.
É um corpo, sim senhora! Um corpo com dobraduras. Em que todas as memórias se expressam sem pudor. Já não é um corpo jovem, mas tem alma com a energia infinita da juventude, misturada à imprudência lapidada pelos anos.
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Lucian Freud [desconcertante] |
Corpo em decadência revela intensidade de desejos e infinitude de desígnios. Pés que pisam firmes o chão por onde passam. Pernas que sustentam o peso das experiências e das lembranças. Coxas roliças que alimentam fantasias em meias rendadas no eterno carnaval.
Corpo desvela nos quadris o febril movimento das águas turbulentas sob as pontes, a languidez dos lagos e todos os sentidos e os sentimentos. Sensações. Barriga, abrigo e nutrição dos seres que trouxe ao mundo. Saliente, salienta-se. Corpo parido, resgatado.
Arriba, peito aberto: encolhe, expande, segura ondas, sustenta, abraça, acolhe. Peitos que alimentaram o mundo. Mulher de peitos, que aos poucos descansam sobre as costelas [e se derramam]. Já não é jovem e rija; é memória. Carinhos e carícias tecidos em veludos.
Ombros rotos, redondos, voluptuosos, braços finos, mãos pequenas: vincadas, marcadas. Repousa preguiçosa em sua nuca, a salamandra. Sobe lenta e sorrateira em direção aos cachos. Pelos envelhecidos, antes negros, agora acinzentados pelas estradas percorridas.
Do alto da cabeça veem-se vales e montes, um rio que corre para o mar. Abre caminho entre os olhos, desvenda o terceiro olhar, mergulha na face que os anos desmancham diante do espelho mudo; mudo. Abre-se num sorriso e volta a criar. Mais uma vez [e outra uma vez] dou à luz. Mulher parideira de idéias.
Arriba, peito aberto: encolhe, expande, segura ondas, sustenta, abraça, acolhe. Peitos que alimentaram o mundo. Mulher de peitos, que aos poucos descansam sobre as costelas [e se derramam]. Já não é jovem e rija; é memória. Carinhos e carícias tecidos em veludos.
Ombros rotos, redondos, voluptuosos, braços finos, mãos pequenas: vincadas, marcadas. Repousa preguiçosa em sua nuca, a salamandra. Sobe lenta e sorrateira em direção aos cachos. Pelos envelhecidos, antes negros, agora acinzentados pelas estradas percorridas.
Do alto da cabeça veem-se vales e montes, um rio que corre para o mar. Abre caminho entre os olhos, desvenda o terceiro olhar, mergulha na face que os anos desmancham diante do espelho mudo; mudo. Abre-se num sorriso e volta a criar. Mais uma vez [e outra uma vez] dou à luz. Mulher parideira de idéias.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Hoje vou de... Verdades sobre Silas Malafaia
Silas Malafaia e a Teologia da Estupidez
Enviado por luisnassif, seg, 04/02/2013 - 21:53
Por Alyson Freire
Da Carta Potiguar
Silas Malafaia e a Teologia da Estupidez: Homossexuais e Bandidos?
Alyson Freire
Não há surpresas ou novidades quando o pastor Silas Malafaia fala. Cada vez em que é entrevistado ou empresta sua voz para algum programa de natureza política ou religiosa, assistimos e ouvimos o mesmo desfile de preconceitos, inverdades e sofismas. Bem sabemos que os disparates e infâmias habituais de sua retórica convicta e fundamentalista enojam e irritam. Entretanto, convém não perder a capacidade, e a paciência, de nos chocarmos e nem “acomodar com o que incomoda”, como diz a letra de uma bela canção.
E por que não devemos nos calar ou tão simplesmente dar de ombros, ignorar a ignorância? Porque o silêncio nos torna cúmplices da ignorância. Aliás, se é verdadeiro que em certas circunstâncias o silêncio pode ser mais eloquente do que a palavra, em outras o silêncio é o adubo fértil para o crescimento da ignorância e da barbárie. Por isso, cabe não calar. Falar a verdade ao poder e criticar os preconceitos é combater incansavelmente contra o silêncio que naturaliza ambos.
Voltemos, pois, a Malafaia, este paladino e missionário do ódio. Coube a jornalista Marília Gabriela a hercúlea tarefa de suportar o discurso de Malafaia, entrevistando-o em seu programa “De Frente com Gabi”. E se a jornalista por vezes se exaltou com as afirmações do pastor ou por este a atropelá-la em suas perguntas e raciocínios, penso que ela aguentou em nome de um compromisso com a verdade e com a sensatez; afinal, a mentira para ser desmascarada deve ser antes exposta.
O que disse o pastor desta vez? Num exemplo cristalino de homofobia cordial, disse que amava os homossexuais da mesma forma como ama os bandidos: “Eu amo os homossexuais como amo os bandidos”. Este amor misericordioso que Malafaia afirma cultivar não passa de um ardil ideológico que finge aceitar e acolher mas apenas para tentar “corrigir”, “reorientar”, “ajustar”. Em outras palavras, domesticar e “curar” a homossexualidade segundo os “meus valores” e “minha verdade”. Não creio que os homossexuais precisem deste amor denegador da liberdade e da autonomia individual. O amor de Malafaia é um amor tutelar, de correção moral e interesseiro.
A correlação valorativa entre “homossexuais” e “bandidos” é odiosa. Ela objetiva reforçar o vínculo entre homossexualidade e desvio, sustentando, sorrateiramente, a ideia de que a homossexualidade assim como o fenômeno da delinquência atenta e prejudica a sociedade. Em outros termos, a analogia diz o seguinte: os bandidos existem, são um fato social, mas precisamos mudá-los, puni-los e “ressocializá-los” para que não lesem a sociedade. Sem afirmar diretamente, Malafaia pensa o mesmo sobre os homossexuais; eles são um fato social, existem, mas precisamos corrigi-los para que não lesem à família, os bons costumes, etc..
A piedade e a compreensão amorosa do pastor são, com efeito, estratégias retóricas para a normalização pastoral e sexual. Nesse ponto, Malafaia se serve abundantemente de preconceitos e concepções de gênero, família e sexualidade que não se sustentam, nem do ponto de vista do conhecimento científico nem socialmente – haja vista todas as transformações culturais, sociais e jurídicas das últimas décadas.
Tentando atenuar os aspectos mais, digamos, etnocêntricos e interessados de suas opiniões, o pastor recorre a ciência em vez da religião pura e simplesmente; refugia-se em argumentos pseudo-científicos e pesquisas que nunca cita a fonte, Malafaia busca, com isso, preencher de autoridade, poder de verdade e neutralidade os seus preconceitos e sua intolerância. À bem da verdade, Malafaia achincalha a ciência – mais uma razão para não nos calarmos.
Quando prenuncia, num claro julgamento moral e especulativo, que a formação de famílias homoparentais ou a criação de filhos por casais homossexuais terá consequências sociais e psicológicas nefastas e nocivas, Malafaia esquece que, segundo Freud, a família independentemente das orientações sexuais do casal é a origem e o palco da maior parte dos problemas emocionais e psíquicos por conta dos conflitos subjetivos que envolvem a constituição do eu nas relações e identificações familiares. Aliás, a grande maioria das psicoses estudadas por Freud era produto das dinâmicas emocionais, repressivas e traumáticas da família vitoriana.
O artigo “Desconstruindo preconceitos sobre a homoparentalidade” dos psicólogos Jorge Gato e Anne Maria Fontaine cita diversos estudos psiquiátricos, psicológicos, sociológicos e antropológicos que desmentem as pré-noções estigmatizantes de que a criança em famílias homoparentais sofreria danos em seu desenvolvimento psicológico. Todos os estudos mencionados pelos autores foram unânimes na constatação da não-existência de uma excepcionalidade ou de diferenças substanciais que tornem a homoparentalidade especialmente danosa para o desenvolvimento emocional, cognitivo e sexual da criança em comparação às famílias heteroparentais. Inclusive, em algumas casos, de mães lésbicas, por exemplo, estudiosos verificaram um ambiente familiar no qual as crianças sentiam-se mais a vontade, livres e confiantes em discutir temáticas de caráter emocional e sexual, ocasionando um efeito positivo no desempenho escolar.
Em contrapartida, as dificuldades das crianças criadas em famílias homoparentais aparecem exatamente no plano das relações sociais, ou seja, obstáculos na aceitação e reconhecimento social por conta de contextos sociais discriminatórios como a escola. Mas, ainda assim, os estudos mostraram variações importantes nesse ponto a depender do país e região.
O que podemos concluir com os resultados das pesquisas científicas é que os problemas que estas crianças enfrentarão no futuro se devem precisamente de pessoas como Malafaia. Quer dizer, do preconceito, da intolerância e da ignorância que Malafaia pratica, semeia e propaga.
Portanto, o que atrapalha e lese o desenvolvimento psicológico e social é o preconceito e a intolerância, os quais Malafaia transforma em bandeira. As religiões se tornam nocivas à humanidade quando são eivadas de ódio e ignorância por profetas fundamentalistas e intolerantes que alimentam incompreensões.
Por mais que canse, devemos continuar a combater e criticar os absurdos odiosos do pastor Malafaia, pois ele, por sua retórica e status, goza de um poder de interferência na vida social capaz de favorecer violências simbólicas e físicas contra grupos e minorias sexuais que já tem de enfrentar práticas homofóbicas em seu cotidiano. Se não quisermos cair presas da retórica do preconceito e sua violência simbólica, devemos sempre exercitar a crítica pública. É com ela que podemos cultivar uma cultura de direitos humanos e de reconhecimento capaz de transformar uma esfera pública refratária ao debate racional dos direitos e das violências sofridas por minorias e grupos vulneráveis em uma esfera pública refratária a estupidez, a barbárie e ao preconceito. Para essa transformação ocorrer, então, é preciso jamais se cansar de se contrapor ao preconceito.
Enviado por luisnassif, seg, 04/02/2013 - 21:53
Por Alyson Freire
Da Carta Potiguar
Silas Malafaia e a Teologia da Estupidez: Homossexuais e Bandidos?
Alyson Freire
Não há surpresas ou novidades quando o pastor Silas Malafaia fala. Cada vez em que é entrevistado ou empresta sua voz para algum programa de natureza política ou religiosa, assistimos e ouvimos o mesmo desfile de preconceitos, inverdades e sofismas. Bem sabemos que os disparates e infâmias habituais de sua retórica convicta e fundamentalista enojam e irritam. Entretanto, convém não perder a capacidade, e a paciência, de nos chocarmos e nem “acomodar com o que incomoda”, como diz a letra de uma bela canção.
E por que não devemos nos calar ou tão simplesmente dar de ombros, ignorar a ignorância? Porque o silêncio nos torna cúmplices da ignorância. Aliás, se é verdadeiro que em certas circunstâncias o silêncio pode ser mais eloquente do que a palavra, em outras o silêncio é o adubo fértil para o crescimento da ignorância e da barbárie. Por isso, cabe não calar. Falar a verdade ao poder e criticar os preconceitos é combater incansavelmente contra o silêncio que naturaliza ambos.
Voltemos, pois, a Malafaia, este paladino e missionário do ódio. Coube a jornalista Marília Gabriela a hercúlea tarefa de suportar o discurso de Malafaia, entrevistando-o em seu programa “De Frente com Gabi”. E se a jornalista por vezes se exaltou com as afirmações do pastor ou por este a atropelá-la em suas perguntas e raciocínios, penso que ela aguentou em nome de um compromisso com a verdade e com a sensatez; afinal, a mentira para ser desmascarada deve ser antes exposta.
O que disse o pastor desta vez? Num exemplo cristalino de homofobia cordial, disse que amava os homossexuais da mesma forma como ama os bandidos: “Eu amo os homossexuais como amo os bandidos”. Este amor misericordioso que Malafaia afirma cultivar não passa de um ardil ideológico que finge aceitar e acolher mas apenas para tentar “corrigir”, “reorientar”, “ajustar”. Em outras palavras, domesticar e “curar” a homossexualidade segundo os “meus valores” e “minha verdade”. Não creio que os homossexuais precisem deste amor denegador da liberdade e da autonomia individual. O amor de Malafaia é um amor tutelar, de correção moral e interesseiro.
A correlação valorativa entre “homossexuais” e “bandidos” é odiosa. Ela objetiva reforçar o vínculo entre homossexualidade e desvio, sustentando, sorrateiramente, a ideia de que a homossexualidade assim como o fenômeno da delinquência atenta e prejudica a sociedade. Em outros termos, a analogia diz o seguinte: os bandidos existem, são um fato social, mas precisamos mudá-los, puni-los e “ressocializá-los” para que não lesem a sociedade. Sem afirmar diretamente, Malafaia pensa o mesmo sobre os homossexuais; eles são um fato social, existem, mas precisamos corrigi-los para que não lesem à família, os bons costumes, etc..
A piedade e a compreensão amorosa do pastor são, com efeito, estratégias retóricas para a normalização pastoral e sexual. Nesse ponto, Malafaia se serve abundantemente de preconceitos e concepções de gênero, família e sexualidade que não se sustentam, nem do ponto de vista do conhecimento científico nem socialmente – haja vista todas as transformações culturais, sociais e jurídicas das últimas décadas.
Tentando atenuar os aspectos mais, digamos, etnocêntricos e interessados de suas opiniões, o pastor recorre a ciência em vez da religião pura e simplesmente; refugia-se em argumentos pseudo-científicos e pesquisas que nunca cita a fonte, Malafaia busca, com isso, preencher de autoridade, poder de verdade e neutralidade os seus preconceitos e sua intolerância. À bem da verdade, Malafaia achincalha a ciência – mais uma razão para não nos calarmos.
Quando prenuncia, num claro julgamento moral e especulativo, que a formação de famílias homoparentais ou a criação de filhos por casais homossexuais terá consequências sociais e psicológicas nefastas e nocivas, Malafaia esquece que, segundo Freud, a família independentemente das orientações sexuais do casal é a origem e o palco da maior parte dos problemas emocionais e psíquicos por conta dos conflitos subjetivos que envolvem a constituição do eu nas relações e identificações familiares. Aliás, a grande maioria das psicoses estudadas por Freud era produto das dinâmicas emocionais, repressivas e traumáticas da família vitoriana.
O artigo “Desconstruindo preconceitos sobre a homoparentalidade” dos psicólogos Jorge Gato e Anne Maria Fontaine cita diversos estudos psiquiátricos, psicológicos, sociológicos e antropológicos que desmentem as pré-noções estigmatizantes de que a criança em famílias homoparentais sofreria danos em seu desenvolvimento psicológico. Todos os estudos mencionados pelos autores foram unânimes na constatação da não-existência de uma excepcionalidade ou de diferenças substanciais que tornem a homoparentalidade especialmente danosa para o desenvolvimento emocional, cognitivo e sexual da criança em comparação às famílias heteroparentais. Inclusive, em algumas casos, de mães lésbicas, por exemplo, estudiosos verificaram um ambiente familiar no qual as crianças sentiam-se mais a vontade, livres e confiantes em discutir temáticas de caráter emocional e sexual, ocasionando um efeito positivo no desempenho escolar.
Em contrapartida, as dificuldades das crianças criadas em famílias homoparentais aparecem exatamente no plano das relações sociais, ou seja, obstáculos na aceitação e reconhecimento social por conta de contextos sociais discriminatórios como a escola. Mas, ainda assim, os estudos mostraram variações importantes nesse ponto a depender do país e região.
O que podemos concluir com os resultados das pesquisas científicas é que os problemas que estas crianças enfrentarão no futuro se devem precisamente de pessoas como Malafaia. Quer dizer, do preconceito, da intolerância e da ignorância que Malafaia pratica, semeia e propaga.
Portanto, o que atrapalha e lese o desenvolvimento psicológico e social é o preconceito e a intolerância, os quais Malafaia transforma em bandeira. As religiões se tornam nocivas à humanidade quando são eivadas de ódio e ignorância por profetas fundamentalistas e intolerantes que alimentam incompreensões.
Por mais que canse, devemos continuar a combater e criticar os absurdos odiosos do pastor Malafaia, pois ele, por sua retórica e status, goza de um poder de interferência na vida social capaz de favorecer violências simbólicas e físicas contra grupos e minorias sexuais que já tem de enfrentar práticas homofóbicas em seu cotidiano. Se não quisermos cair presas da retórica do preconceito e sua violência simbólica, devemos sempre exercitar a crítica pública. É com ela que podemos cultivar uma cultura de direitos humanos e de reconhecimento capaz de transformar uma esfera pública refratária ao debate racional dos direitos e das violências sofridas por minorias e grupos vulneráveis em uma esfera pública refratária a estupidez, a barbárie e ao preconceito. Para essa transformação ocorrer, então, é preciso jamais se cansar de se contrapor ao preconceito.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Cotidiano
''Todo dia ela faz tudo sempre igual,
se levanta às seis horas da manhã...'' (Chico)
Subitamente me dei conta enquanto dirigia que todos os dias faço o mesmo caminho. Sempre a mesma rota. Pego o carro, saio da garagem, viro a esquerda, sigo por alguns metros, viro à direita para em seguida virar a esquerda e seguir em frente por três quadras. Passo por dois balões, paro em pelo menos duas das 6 faixas de pedestres do caminho, sigo até o semáforo, quando novamente viro à direita e deslizo até a tesourinha que leva à Catedral e, por consequencia, à Esplanada dos Ministérios. Dali desço, atravesso mais alguns semáforos, encontro a Praça dos Três Poderes, viro à esquerda, viro à direita para depois de mais três semáforos [eles estavam no projeto do Lúcio Costa?] finalmente entrar no estacionamento do trabalho. Não! Voltei ao volante e decidi que hoje seria diferente.
Logo no segundo balão tomei outro rumo. Mudei a rota sem aviso prévio. Apenas fui lá e mudei: Pronto! E gostei...Vi mais árvores, pessoas caminhando, bicicletas passando, ônibus [nunca vejo]. Parei em outros semáforos, vi outras paisagens e estava há menos de 200m do caminho corriqueiro. Mudei e não doeu. Senti a liberdade de escolher.
E pensei sobre costumes, hábitos, sobre os mesmos caminhos, as mesmas escolhas, os mesmos pratos, a mesma feijoada às sextas-feiras e as mesmas piadas. Como tudo se repete todos os dias. Se repete ou repetimos? Vamos dar crédito a quem de direito. Nós repetimos. Eu, você e todxs nós. E foi isso que subitamente me dei conta: é tranquilo, previsível, seguro e corriqueiro. Basta ligar o automático e automaticamente nos automatizamos. E o cotidiano fica isso assim meio bege.
Chato, e vai ficando mais chato. Até que um dia [ou não] acontece esse despertar e pluft! E o velho caminho se acaba. E a repetição termina, ou pelo menos a rota é substituída por outra. E outras paisagens surgem, com ela novas oportunidades, outras pausas. Acabou-se aquele caminho, novo caminho se fez!
Feliz 2013 a todxs!
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Eu preciso lhe dizer... (trailer)
Com a participação das Mães pela Igualdade, documentário idealizado pelo psicólogo Ricardo de Paula e realizado pelo diretor Douro Moura.
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