Fazia pelo menos 20 anos que não vinha a Belo Horizonte, não me lembrava como a capital mineira é charmosa. Chamou-me a atenção especialmente a limpeza das ruas e a gentileza dos prestadores de serviços.
Almoçei em um shopping local bastante conhecido Pátio Savassi e fui extremamente bem atendida por Taís que fez sugestões apropriadas, sendo solícita e gentil, no Café do Museu, um bistrô charmosérrimo com comida honesta a preço não tão acessível. O filet com molho de jaboticabas e risoto de brie com alho poró estavam fantásticos. Vale mencionar que tanto o filé quanto o risoto estavam saborosos, mas eu não teria feito tal combinação. Em lugar dos sabores se complementarem senti um certo ressentimento entre eles. Ainda assim, volto a dizer, o sabor de ambos - separadamente - estava fantástico.
Gentil e acolhedor também foi o atendimento dos taxistas que fizeram questão de detalhar os percursos escolhidos - como se eu pudesse avaliar - antes de iniciá-los. Iniciativa de excelente tom, que dá segurança ao cliente.
Você poderá dizer que o atendimento solícito e gentil não passa de obrigação, mas garanto que para quem vive em Brasília tais atributos são notáveis. A capital federal definitivamente tem um dos piores atendimentos do país.
Reunião ótima. Hora de voltar ao aeroporto de CONFINS rumo à Paulicéia Desvairada.
''Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Uma mulher que merece viver e amar'' como outra qualquer do planeta''(...)
Saiba Mais de Maria
terça-feira, 6 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
AGORA
Agora?
Eu vivo agora.
Você?
Sinto-me curiosa.
Passado? Não quero falar!
Futuro? Ainda não sei.
[Não quero saber!]
De você, sim! Quero saber
Eu? Sinto dor na garganta - Agora
Agora é forte e eu estou com você
Há uma linha que nos conecta: Agora
Não a via no passado. Não havia?
Futuro haverá ou a verei?
Agora, somos eu e você.
Agora: começar de novo.
Não! Agora é um novo começo.
Eu vivo agora.
Você?
Sinto-me curiosa.
Passado? Não quero falar!
Futuro? Ainda não sei.
[Não quero saber!]
De você, sim! Quero saber
Eu? Sinto dor na garganta - Agora
Agora é forte e eu estou com você
Há uma linha que nos conecta: Agora
Não a via no passado. Não havia?
Futuro haverá ou a verei?
Agora, somos eu e você.
Agora: começar de novo.
Não! Agora é um novo começo.
sábado, 27 de março de 2010
Corpos Estendidos, ali caídos: mortos
Caminhava pelas quadras da Asa Sul quando numa entrequadra avistei uma nova construção. Arquitetura contemporânea, nada além de um box recoberto completamente por aqueles vidros espelhados super usados ultimamente em prédios públicos e outras construções da Capital Federal.
Gosto duvidoso, valor estético questionável os tais vidros ainda por cima são responsáveis pela morte de diversos pássaros. Já me haviam dito, mas eu nunca havia tido o desprazer de ver com os próprios olhos. Quando vi o primeiro caído no chão não entendi o que se passava. Era um lindo passarinho azul morto, mortinho.
Com um pouco mais de atenção vi os outros corpos ali estendidos. Uns recém caídos, outros já em franca decomposição. Um verdadeiro campo nazista.
Feio, muito feio! Matam pássaros em nome de uma estética abominável. Diga-me que empresa é e te direi que não serei sua cliente, nem recomendarei.
Gosto duvidoso, valor estético questionável os tais vidros ainda por cima são responsáveis pela morte de diversos pássaros. Já me haviam dito, mas eu nunca havia tido o desprazer de ver com os próprios olhos. Quando vi o primeiro caído no chão não entendi o que se passava. Era um lindo passarinho azul morto, mortinho.
Com um pouco mais de atenção vi os outros corpos ali estendidos. Uns recém caídos, outros já em franca decomposição. Um verdadeiro campo nazista.
Feio, muito feio! Matam pássaros em nome de uma estética abominável. Diga-me que empresa é e te direi que não serei sua cliente, nem recomendarei.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Carta de Anita Lopes a Caio Marques
Caio,
Surpreende-me só agora você romper o silêncio sobre minha partida. Durante aquele período eu me trancava em pensamentos confusos, tentava adivinhar as lacunas e as ausências deixadas por você. Eu queria lê-lo dizer do sentimento que nos unia, ao mesmo tempo que temia o toque. Hoje, sinto que talvez, só talvez suas reflexões façam sentido.
Das suas faço minhas as perguntas ' será que nos amamos?' ou 'será que amamos a possibilidade de nos amarmos?'' ou ainda ''é possível que sejamos Pessoa e estejamos fingindo um amor que deveras sentimos?''
Perguntas sem resposta. Certo é, até que perceba o contrário, que sinto sua falta. Nossos passeios à tarde, mãos dadas, risos, a simplicidade de nossas conversas rasas ou profundas.
Dessas lembranças emerge uma outra pergunta que deixo para sua reflexão: Será que esse amor teria de se traduzir exclusivamente numa relação que envolvesse a fusão de corpos? Não nos seria suficiente e importante apenas fundir as almas e separá-las para irmos aprendendo o amor um com o outro? Porque todo amor tem de ser sexualizado?
Por outro lado, porque a união de corpos nos mete numa rede de expectativas? Serão os mandatos culturais e sociais que nos são impostos desde o nascimento?
Agora sim, eu sinto que te amo! Amo sua forma de expressão, suas idéias, as interrogações que você coloca em meu caminho e que me atribulam a alma. Em especial me encanta toda sua confusão, embora por vezes me irrite com sua resistência a olhar-se de fora. Seu caminho é confuso, é certo, mas é o seu caminho. Seu medo de olhar-se me atrai e me afasta, mas gosto do desafio de não entender nada e ao mesmo tempo ter tudo tão claro. Adoro as horas que passo com você, seja nos passeios que fizéramos, seja agora dedicando-me integralmente a estar contigo por meio das palavras.
Creia, nossos laços são indestrutíveis, porque o afeto e o respeito que construímos tem bases tão sólidas que nada e ninguém pode desfazê-los. E isso me parece muito real.Não é fruto de uma fantasia infantil que idealiza o outro. Nos conhecemos, conhecemos cada canto de nossas almas, cada insegurança, cada dúvida e, em especial a imensa capacidade que temos de criar dúvidas, fazer surgir perguntas sem resposta - talvez nossa melhor qualidade - não há espaço entre nós para idealizações. E isso já é alicerce suficiente para uma relação duradoura e sólida.
Qualquer hora me daria muito prazer recebê-lo em minha nova casa, mesmo que isso signifique enfrentar a boataria, o falatório, os olhares curiosos. Não temo o olhar do outro sobre mim, embora certas vezes me aborreça.
Venha! Venha breve!
Sua sempre,
A.L.
Surpreende-me só agora você romper o silêncio sobre minha partida. Durante aquele período eu me trancava em pensamentos confusos, tentava adivinhar as lacunas e as ausências deixadas por você. Eu queria lê-lo dizer do sentimento que nos unia, ao mesmo tempo que temia o toque. Hoje, sinto que talvez, só talvez suas reflexões façam sentido.
Das suas faço minhas as perguntas ' será que nos amamos?' ou 'será que amamos a possibilidade de nos amarmos?'' ou ainda ''é possível que sejamos Pessoa e estejamos fingindo um amor que deveras sentimos?''
Perguntas sem resposta. Certo é, até que perceba o contrário, que sinto sua falta. Nossos passeios à tarde, mãos dadas, risos, a simplicidade de nossas conversas rasas ou profundas.
Dessas lembranças emerge uma outra pergunta que deixo para sua reflexão: Será que esse amor teria de se traduzir exclusivamente numa relação que envolvesse a fusão de corpos? Não nos seria suficiente e importante apenas fundir as almas e separá-las para irmos aprendendo o amor um com o outro? Porque todo amor tem de ser sexualizado?
Por outro lado, porque a união de corpos nos mete numa rede de expectativas? Serão os mandatos culturais e sociais que nos são impostos desde o nascimento?
Agora sim, eu sinto que te amo! Amo sua forma de expressão, suas idéias, as interrogações que você coloca em meu caminho e que me atribulam a alma. Em especial me encanta toda sua confusão, embora por vezes me irrite com sua resistência a olhar-se de fora. Seu caminho é confuso, é certo, mas é o seu caminho. Seu medo de olhar-se me atrai e me afasta, mas gosto do desafio de não entender nada e ao mesmo tempo ter tudo tão claro. Adoro as horas que passo com você, seja nos passeios que fizéramos, seja agora dedicando-me integralmente a estar contigo por meio das palavras.
Creia, nossos laços são indestrutíveis, porque o afeto e o respeito que construímos tem bases tão sólidas que nada e ninguém pode desfazê-los. E isso me parece muito real.Não é fruto de uma fantasia infantil que idealiza o outro. Nos conhecemos, conhecemos cada canto de nossas almas, cada insegurança, cada dúvida e, em especial a imensa capacidade que temos de criar dúvidas, fazer surgir perguntas sem resposta - talvez nossa melhor qualidade - não há espaço entre nós para idealizações. E isso já é alicerce suficiente para uma relação duradoura e sólida.
Qualquer hora me daria muito prazer recebê-lo em minha nova casa, mesmo que isso signifique enfrentar a boataria, o falatório, os olhares curiosos. Não temo o olhar do outro sobre mim, embora certas vezes me aborreça.
Venha! Venha breve!
Sua sempre,
A.L.
quarta-feira, 17 de março de 2010
7 Dias

...E no sétimo dia, Ele descansou!
7 dias para secar a barriga, é chamada de revista - acredita?
7 dias e 6 Noites é nome de sítio eletrônico - quer comprar livros?
7 dias Seguintes aos 7 Anteriores é blog maneiríssimo - quer conferir?
7 dias para mudar sua vida é programa da Clínica Lapinha SPA - topa?
7 dias de oração pela erradicação da Gripe Suína é proposta do pastor de Vila Tatu - Onde fica mesmo Vila Tatu?
7 dias é o prazo que a Comissão terá para investigar os atos secretos em Brasília - será cumprido?
Climaderm 7 dias é nome de remédio - resolve?;
7 dias - São Paulo: a coleção que apresenta lugares para conhecer na paulicéia desvairada - vamos?
7 dias é o pacote turístico que te leva para Maragogi/AL - Boa pedida?
Após 7 dias bebê morre em UTI, na Bahia - Isso acontece?
7 dicas para 7 dias incríveis de diversão, é capa de revista para adolescentes - U-huuu!
7 dias e 6 noites é pacote de Reveillon em Londres - Já?
3 jogos em 7 dias é maratona esportiva - canseira?
7 dias antes do casamento - vida nova?
7 dias se passaram desde o espanto. 7 dias nada passou.
Aquele bebê morreu na Bahia, o casal apaixonado prepara as bodas, a mulher ansiosa vai para o SPA, o pastor evangélico conclama os fiéis a orar, a comissão investiga, as adolescentes se divertem, o executivo a trabalho consulta o guia, as amigas de férias conhecem o nordeste, o rapaz faz tratamento de pele, os namorados planejam o reveillon, as atletas rompem limites...
Em sete dias aconteceu tanta coisa.
E o sol não deixou de nascer e não deixou de se pôr. As estrelas seguiram iluminando a noite, os amigos continuam se reunindo na mesa do bar, as amigas festejam pequenos e grandes acontecimentos.
7 dias... E nada mais!
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