- A matrix em que vivemos (a autora)''A faca corta e é cortada.'' (VSB)- hey, girlie...
- Olá!
- Tudo ok por ai?
- - tudo bem.caminhando. cantando. seguindo a canção: sobrevivendo. e você?
- - uma série de altos e baixos. Também sobrevivendo. Esse termo (sobrevivendo)... quando viveremos? Plenamente? Em breve, né?
- e o que é viver?acho que é uma escolha.andei escolhendo apenas respirar... mas foi uma escolha, ainda que inconsciente...até pouco tempo... foi uma escolha.decidi nos últimos dias viver, mas descobri que talvez não saiba o que é viver. ou talvez tenha perdido o hábito
- - sobreviver, então, já é um passo grande.
-sim... é um enorme passo para quem está vendo a vida passar pela janela [do mundo?] fiz coisas nesse período que até me deram prazer. nem sei se escolhi fazê-las ou se fui escolhida. vivi ou fui vivida?- [to uma chata, não é?]
- - não mesmo. acho que acontece um pouco de ambas. A faca corta e é "cortada".
- - não há mesmo.
- - podemos apenas respirar e ninguém em volta nota que não estamos vivendo. o viver ou mesmo o sobreviver é tão fugidio que qualquer ir-e-vir já se constitui ''vida''para o senso comum. mas aí, o que é viver realmente?digo, fora dessa matrix em que nos encontramos?
- o viver, fora da Matrix, é um mundo que não sei se existe dentro da gente.
- e haveria como saber? [lembra aquela música do Chico, aquela que eles se encontram no sinal]
- se for pela falta de sentí-lo por dentro, já sabemos. se for pela ânsia de não parar de procurá-lo... já sabemos. por encontrá-lo, só quando ou se acontecer.
- sinal fechado!
- saudades de nossos diálogos.
- muitos virão[um dia] .
- quem sabe.
''Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Uma mulher que merece viver e amar'' como outra qualquer do planeta''(...)
Saiba Mais de Maria
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Sinal Fechado: Sobrevivendo.
TDAH (TDA - Hiperatividade) - Ana Beatriz Silva - Mentes I... [Atualizado]
Eu mesma me descobri com TDAH em idade adulta, em razão de diagnóstico - equivocado - de minha filha mais velha.
Meu pensamento caótico tem explicação?
Meu ''blim-blim-blim-blim'' tem nome?
Por isso me chamam ''windows''?
Janela é minha mente, por onde rapidamente passam imagens, idéias, textos, sonhos, assuntos, desenhos, músicas... Tudo, tudo, tudo...
Isso é necessariamente ruim?
Talvez a forma como minha mente transita não sirva ao modelo cartesiano/industrial de educação e trabalho, mas ela serve muito bem à criatividade, à estratégia, à formulação e à visão sistêmica.
Portanto, hoje mais amadurecida com a idéia do que é ''ser TDAH'', questiono que a esse modo de ser seja atribuída uma ''patologia'' e consequentemente condeno o uso de medicação da forma indiscriminada que vem sendo feita.
Encontrei a harmonia com #MeditAção e sigo usufruindo meus talentos múltiplos com alegria. Afinal, não é todo mundo que vê o mundo de sua janela!
Isso é necessariamente ruim?
Talvez a forma como minha mente transita não sirva ao modelo cartesiano/industrial de educação e trabalho, mas ela serve muito bem à criatividade, à estratégia, à formulação e à visão sistêmica.
Portanto, hoje mais amadurecida com a idéia do que é ''ser TDAH'', questiono que a esse modo de ser seja atribuída uma ''patologia'' e consequentemente condeno o uso de medicação da forma indiscriminada que vem sendo feita.
Encontrei a harmonia com #MeditAção e sigo usufruindo meus talentos múltiplos com alegria. Afinal, não é todo mundo que vê o mundo de sua janela!
domingo, 7 de agosto de 2011
Diário de Bordo Pirenópolis-GO
Pirenópolis é refúgio de brasilienses. Há pelo menos dois anos não colocava meus pés lá [já fora uma das 5 cidades mais apreciadas por mim ever]. Não me pergunte o porquê, não saberei responder. Talvez o abandono de Piri (para os íntimos), seja apenas um reflexo do abandono de mim. Vai saber?!
Piri esteve comigo em momentos de ruptura. Lá encontrava meu centro, caminhando pelas ruas de pedra ou fazendo trilhas pelo cerrado ao som de suas inúmeras cachoeiras. Pirenópolis me energizava. Decidimos um pouco de súbito, e fomos. A estrada por Abadiânia está excelente, após a tradicional paradinha no Jerivá, seguimos por uma vicinal até o destino.
Eita! Mas Pirenópolis mudou! E como mudou... Era uma cidadela histórica com forte potencial turístico, ainda a engatinhar na economia limpa quando a conheci. Primeiro pensamento ao ver a placa em 4 idiomas: Pirenópolis está mais pronta para a Copa que sua vizinha cidade-sede.
Como quem viaja sem planejar corre o risco de não achar pouso, ficamos um tempinho em busca da 'pousada perdida' [os preços subiram bastante por lá]. A cidade ampliou muito a quantidade de pousadas e impressiona a número de hospedagens familiares (bem bonitinhas). Depois de rodar um pouco, no calor das duas da tarde, cansados da estrada e com fome, encontramos um lugar curioso [será que esta é a melhor palavra?].
Na onda de pousos familiares escolhemos ficar no Hotel Rex, isto mesmo Rex! Fica na rua da Matriz, bem pertinho da igreja. Casa restaurada com decoração kilt [autêntica]. Retrato dos patriarcas [daqueles pintados] sobre a porta do quarto de casal. Tá, o quarto mal cabia a cama, a janela dava para o muro do vizinho e os pombos tinham um ninho no forro [mas era limpinho, simpático e condizente com o preço].
A gastronomia tem se desenvolvido por lá. Além da culinária tradicional goiana [deliciosa], experimentei numa tal Confraria umas trouxinhas recheadas com queijo deliciosas, além de beber boa cerveja artesanal (ma non troppo). E por falar em artesanato, devo anotar que também encareceu. Deu vontade de comprar não, desta vez.
Mas fiquei feliz em ver a cidade realizar seu potencial a tantos anos acomodado. Certamente tem dedo do secretário de cultura, Gedson Oliveira e, claro, a equipe da Prefeitura. No meu olhar, ainda que tenha muito ainda a ser feito, Pirenópolis deixou o século XVIII para entrar no século XXI, protegendo, preservando e divulgando seu patrimônio cultural, tradições, fazeres e saberes como seu maior ativo.
A volta a Brasília foi por Cocalzinho. Confesso que a princípio não gostei da idéia de passar sobre duas rodas em Águas Lindas de Goiás, mas qual não foi a surpresa ao ver a pista totalmente reformada e ampliada! A estrada está ótima, agora sim podemos ir por lá ou por cá. [ainda prefiro por lá, afinal, tem o Jerivá]
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Vestida de Mar - Carta a Alberto Tibagi
quem sente a suave brisa marinha
desse meu olhar sereno
sequer pode supor as tormentas
do oceano que trago em mim (a autora)
...E quando me ponho de pé outra onda vem, me puxa pelos calcanhares, derruba, arrastada pelas línguas ferinas do mar nas areias grossas, mal posso respirar. Levanto, puxo um bocado de ar [nem posso abrir os olhos - ardem - vejo o beijo violento do mar] caio de novo e de novo e de novo.
Por um instante sinto o cheiro desfocado de céu azul e de sol. O dia está lindo. Sinto o gosto salgado de água rasgando a garganta e os olhos. Puxo mais um bocado de ar para novamente cair e me embolar na areia: por um segundo - ou pouco mais - o peso dessa luta inglória [contra algo que se mostra a cada instante mais forte], cai sobre mim.
Nesse mísero segundo [redentor] desejo encontrar aquela casa de cristal, na rua de madrepérolas descrita por Alfonsina. Desejo me entregar e permitir que as ondas que ora me derrubam, simplesmente me arrastem suave para o fundo, ao encontro do grande peixe de ouro que às cinco horas vem nos cumprimentar. Ou talvez deseje ultrapassar a barreira da arrebentação e flutuar sobre as águas tépidas, sentindo o sol docemente me lamber a pele salgada [apenas o suficiente para curar as feridas] e me deitar tranquila sobre a cama um pouco mais azul que o mar.
O estômago se revolve mais que sereias de nácar verdemar dançando no fundo do mar. Sou eu, Alberto, Maria Anita a procurar a paz depois das tormentas.
Desejo que a carta o encontre bem - e tranquilo - como as montanhas das Gerais.
Forte abraço,
A.L.
Vestida de Mar - Carta a Alberto Tibagi
quem sente a suave brisa marinha
desse meu olhar sereno
sequer pode supor as tormentas
do oceano que trago em mim (a autora)
...E quando me ponho de pé outra onda vem, me puxa pelos calcanhares, derruba, arrastada pelas línguas ferinas do mar nas areias grossas, mal posso respirar. Levanto, puxo um bocado de ar [nem posso abrir os olhos - ardem - vejo o beijo violento do mar] caio de novo e de novo e de novo.
Por um instante sinto o cheiro desfocado de céu azul e de sol. O dia está lindo. Sinto o gosto salgado de água rasgando a garganta e os olhos. Puxo mais um bocado de ar para novamente cair e me embolar na areia: por um segundo - ou pouco mais - o peso dessa luta inglória [contra algo que se mostra a cada instante mais forte], cai sobre mim.
Nesse mísero segundo [redentor] desejo encontrar aquela casa de cristal, na rua de madrepérolas descrita por Alfonsina. Desejo me entregar e permitir que as ondas que ora me derrubam, simplesmente me arrastem suave para o fundo, ao encontro do grande peixe de ouro que às cinco horas vem nos cumprimentar. Ou talvez deseje ultrapassar a barreira da arrebentação e flutuar sobre as águas tépidas, sentindo o sol docemente me lamber a pele salgada [apenas o suficiente para curar as feridas] e me deitar tranquila sobre a cama um pouco mais azul que o mar.
O estômago se revolve mais que sereias de nácar verdemar dançando no fundo do mar. Sou eu, Alberto, Maria Anita a procurar a paz depois das tormentas.
Desejo que a carta o encontre bem - e tranquilo - como as montanhas das Gerais.
Forte abraço,
A.L.
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