domingo, 29 de maio de 2011

Diário de Bordo Porto Alegre V - Dia 1

Viagem: Porto Alegre: a capital desperta meus afetos e curiosidades no momento. Cá estou novamente, descobrindo cantinhos e segredos.

A cidade não é perfeita, seus filhos tampouco. Mas, é perfeita para mim, pelo menos por ora. Tem me ensinado muito sobre a estética do frio e a força das migrações européias na constituição desse povo chamado gaúcho.

Estive pela segunda vez no Café e Lojinha ''Lugar Maior'', das novas amigas Aline e Marta. Fica na Felipe Camarão [claro que no Bonfim, o bairro do meu coração] e é um lugar mágico: mistura de lojas de coisinhas lindas [tênis, roupas exclusivérrimas, livros  e adereços diversos] e cafeteria.

As meninas fazem panquecas de ''dulce de leche''. Adivinhem se eu A-MEI?! Além disso, servem uma cidra inglesa: Pascall, deliciosa!

 Entre as coisas lindas que se pode encontrar no Lugar Maior é artesanato porteño, como esses brinquedos feitos com papier maché e material metálico reciclável. Lindos, lindos! Desejei para mim.



No mesmo endereço fica a Joner Produções. Esse papel de parede [exclusivo] não é tudo? E a marca que marca o talento da Carla, não traduz com perfeição a 'origem controlada' do talento?

Quando for a Porto Alegre, não deixe de ir ao Bonfim, além do Lugar Maior, Quibe do Brique [que fica na mesma rua] há lugarzinhos incríveis nesse bairro charmoso da cidade.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Depoimento da professora Amanda Gurgel



Sem solucionar o hoje, não há redenção possível para o amanhã.


A frase

- ''eu quero ir mesmo sem saber aonde, é porque confio n'ocê''
- puxa...adorei essa frase... um dia conhecerei um homem e ele me amará e honrará com verdade e esse homem me dirá esta frase...

sábado, 14 de maio de 2011

Dicas de Brasília

Sábado ensolarado pede almoço à beira do Lago. Ótimo, então vamos para o Pontão do Lago Sul. Chopp gelado, bela vista, boa música - embora algo acima do volume - e, claro enjoy the day.

A escolha do lugar foi boa, já havia feito antes: Bierfass. A frequência não me convence, mas o chopp é 10! Os petiscos, em especial o ceviche é de responsa, no entanto, caímos na besteira de almoçar. Eis o começo do fim.

O menu não é dos mais bem combinados. Acompanhamentos como arroz biro biro, purê de batatas e pure de espinagre aparecem juntos, ladeando uma tal picanha de cordeiro. Sofrível. Se quer comer bem, digo, realmente bem, não vá ao Bierfass.

Se quer uma tarde de boa vista, chopp gelado e petiscos gostosos - mas com preço salgadérrimo - dá para ir.

Enfim... valeu a experiência, mas não compensa repetir.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Iogurte Cila

Tia Vera e Walderez - salvas do naufrágio do navio Itagiba 1942.


Coisa curiosa acaba de me acontecer. Acessei uma memória gustativa, um sabor da infância e imediatamente voltei àqueles dias. Quando criança, nas férias de verão em Fortaleza, experimentava os sabores da casa de minha avó Madalena e ouvia, atenta, as histórias e as estórias de meu avô Tito Canto. Lá experimentei sapoti - fruta predileta da época - biscoito maizena molhado no café e jerimum com leite.

Ainda há pouquinho, abri a geladeira despretensiosa, peguei um iogurte sabor natural, abri e ao sentir o cheiro imediatamente as sensações daqueles anos voltaram. Quase senti o gosto do iogurte Cila (será que ainda existe?) quando lambi a tampa metálica que cobria o laticínio. Fechei os olhos e viajei no túnel do tempo. Mergulhei nos doces anos em que as tardes eram feitas de brincadeiras no quintal e os sabores eram sempre novidade.

Era dada a fazer artes, criança curiosa que fui. Adorava explorar todas as possibilidades do 'bureau'' do meu avô. Feito de madeira maciça muitas vezes me diverti descobrindo o conteúdo das gavetas. Assim foi que certo dia encontrei a revista 43, que trazia foto dele e de minha tia Vera. Fora torpedeado o navio que os levava a Recife (vô, o que é torpedeado?) nos idos da Segunda Grande Guerra e razão pela qual o Brasil aderiu ao embate.

Sensação boa essa de saber de onde venho, ter lembranças, afetos... Quase posso sentir o vento de fim de tarde na varanda d'avó, o balanço da rede do vô. Quase posso ouvir sua voz chamando as'' três Marias'' para as sessões de estórias, hora dileta do dia.