Hoje vou de Edith Piaf!
''Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Uma mulher que merece viver e amar'' como outra qualquer do planeta''(...)
Saiba Mais de Maria
quarta-feira, 13 de abril de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
A Casa da Felicidade
Querido Caio,
Sabes que permaneço aqui. Tenho essa estranha dificuldade de desistir. Sigo escrevendo e escrevendo, não importa se há ou não resposta. Decidi que assim será, até que decida o contrário. Parece óbvio? E é, mas sou assim, afinal. Algo óbvia, algo surpreendente vez ou outra. Não me conheces? Ontem tive um sonho, quis mesmo compartilhar contigo.
Um estranho sonho. Não era bom, nem mau. Apenas era o que era. Chegava a um lugar com portas enormes. Não havia placa ou identificação, nenhum cartão ou papel, nem aviso ou sinalização, mas eu sabia - coisas que sabemos por que sabemos - que ali era a casa da felicidade.
As portas eram enormes, logo fui avisada que estavam fechadas por prazo indeterminado. Uma sombra cobriu meu olhar, tornando mais castanho do que é. Sorri levando os olhos à terra dos sonhos, dos desejos ainda não realizados e quase me virava para partir quando o porteiro me chamou num canto e mostrou um lugar secreto por onde entrar. Não sem me prevenir que era uma passagem secreta e que o segredo não poderia ser revelado a pessoa alguma. Menos ainda que havia sido ele a me mostrar o caminho. Sensação de dejá vu. Eu o conhecia, estou certa disso. Era-me tão familiar aquele olhar, aquelas mãos e seu andar claudicante...
Temerosa, não gosto de segredos - sabes disso - segui-o até a entrada. Parecia simples e reta, embora escondida. Caminhei confiante em direção ao centro da felicidade, tudo cheirava tão familiar. Os sons tomavam conta dos meus sentidos e percorriam minha pele - cada milímetro dela - e produziam um êxtase que há muito não sentia. Algo conhecido e distante.
Por instantes fechei os olhos e me entreguei àquele universo de sensações, mergulhei nos sons e nas cores. Fiquei completamente embriagada pelos sabores, foi como ser Proust e morder uma madeleine...Ou como ser eu mesma e dar uma boa lambida num sorvete de açaí, ficar com a língua roxa, a boca roxa, até os dentes... e feliz.
De repente: Parede! Sim, Caio, onde era mar de sensações surgiu uma parede. Ouvia uma voz que dissera:
Não pode!
Não fale!
Não prove!
Não pergunte!
Não expresse!
Não respire!
Não!
Sussurrara: apenas sinta, sinta agora. Fechei os olhos devagar, mas o eco das palavras ainda enchia o ambiente. Quem se importa, pensei... apenas sinta...
Acordei inexplicavelmente feliz, previsivelmente frustrada e quase não me reconheço. Exceto por que quis compartilhar contigo, não tenho ganas de remexer o assunto. Que as sensações e sentimentos e todas paredes que se erguiam, uma após a outra, a cada não que escutara, fiquem ali, no mundo dos sonhos estranhos, na ilusória casa da felicidade.
Tanto tempo. Sei que estás muito ocupado com as novas atribuições. Sei que te preocupas com os desafios e obstáculos que tens encontrado. Não te apoquentes. Siga, siga seus caminhos, realize suas aspirações, materialize vitórias e, se quiser, me escreva.
Sua,
A.L.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Um Brinde ao Vôo da Lagartixa.
O salto do abismo fez um ano e alçou vôo antes de chegar ao chão. Isso mesmo, ACESSO|SOLUÇÕES fez aniversário no último 25 de março, com direito a parabéns, espumante e muitos aplausos. O lema desse primeiro ano de trabalho foi: Não engrosse as estatísticas do SEBRAE. Consegui Não fechei no primeiro ano, mas os desafios seguem me mantendo alerta, intensa e inteira.
Não são poucos os obstáculos que uma pequena empresa transpõe para alcançar seu primeiro ano sem desistência e livre de dívidas. Eu os enfrentei com coragem, determinação e com a plena convicção de que estou no caminho certo. Não foi fácil, não tem sido, mas estamos no caminho do sucesso.
A convicção não vem de crenças ou teimosia, ela é fruto de muito estudo do mercado em que decidi atuar: mobilização de recursos para projetos culturais. O mercado é complexo e tem suas especificidades. Bastante vulnerável à externalidades é ainda um campo em que há muito a ser desbravado.
ACESSO|SOLUÇÕES fez escolhas. Optou por trabalhar de forma coerente com os valores que sempre nortearam minha atuação pública. Por essa razão, priorizamos representar projetos culturais cujas estratégias de democratização de acesso e acessibilidade são as mais amplas e criativas. Projetos ambientalmente sustentáveis e socialmente responsáveis. Optamos também por investir em projetos inovadores no Brasil e com potencial de exposição positiva e diversa de nossa cultura e arte no exterior.
Sim, com um ano de existência além dos projetos desenvolvidos no país, representamos projetos fora do Brasil. Em 2011: Brazilian Day Canadá e Brazilian Film Festival and TV de Toronto e estudamos outras duas propostas, uma em Barcelona e outra em Frankfurt. Em 2012 aguardem acesso e soluções incríveis em grandes oportunidades de investimento e fortalecimento para marcas.
A ACESSO|SOLUÇÔES tem experiência para encontrar caminhos e juventude para criar soluções, por isso não desisto: Eu acredito na ACESSO|SOLUÇÕES!
quinta-feira, 31 de março de 2011
Hoje vou de... Hilda Hilst
(…)
Ama-me.
É tempo ainda.
Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ternura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me.
Embora eu te pareça
Demasiado intensa.
E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
E tu, lúcido, fazedor da palavra,
Inconsentido, nítido
Nós dois passamos porque assim é sempre
É singular e raro este tempo inventivo
Circundando a palavra.
Trevo escuro
Desmemoriado, coincidido e ardente
No meu tempo de vida tão maduro.
Sorrio quando penso
Em que lugar da sala
Guardarás o meu verso.
Distanciado dos teus livros políticos?
Na primeira gaveta
Mais próxima à janela?
Tu sorris quando lês
Ou te cansas de ver
Tamanha perdição
Amorável centelha
No meu rosto maduro?
E te pareço bela
Ou apenas te pareço
Mais poeta talvez
E menos séria?
O que pensa o homem
Do poeta? Que não há verdade
Na minha embriaguez
E que me preferes
Amiga mais pacífica
E menos ventura?
Que é de todo impossível
Guardar na tua sala
Vestígio passional
Da minha linguagem?
Eu te pareço louca?
Eu te pareço pura?
Eu te pareço moça?
Ou é mesmo verdade
Que nunca me soubeste?
A memória de nós. É mais. É como um sopro
De fogo, é fraterno e leal, é ardoroso
É como se a despedida se fizesse o gozo
De saber
Que há no teu todo e no meu, um espaço
Oloroso, onde não vive o adeus.
[Júbilo,Memória, Noviciado da Paixão - Hilda Hilst]
Ama-me.
É tempo ainda.
Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ternura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.
Ama-me.
Embora eu te pareça
Demasiado intensa.
E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
E tu, lúcido, fazedor da palavra,
Inconsentido, nítido
Nós dois passamos porque assim é sempre
É singular e raro este tempo inventivo
Circundando a palavra.
Trevo escuro
Desmemoriado, coincidido e ardente
No meu tempo de vida tão maduro.
Sorrio quando penso
Em que lugar da sala
Guardarás o meu verso.
Distanciado dos teus livros políticos?
Na primeira gaveta
Mais próxima à janela?
Tu sorris quando lês
Ou te cansas de ver
Tamanha perdição
Amorável centelha
No meu rosto maduro?
E te pareço bela
Ou apenas te pareço
Mais poeta talvez
E menos séria?
O que pensa o homem
Do poeta? Que não há verdade
Na minha embriaguez
E que me preferes
Amiga mais pacífica
E menos ventura?
Que é de todo impossível
Guardar na tua sala
Vestígio passional
Da minha linguagem?
Eu te pareço louca?
Eu te pareço pura?
Eu te pareço moça?
Ou é mesmo verdade
Que nunca me soubeste?
A memória de nós. É mais. É como um sopro
De fogo, é fraterno e leal, é ardoroso
É como se a despedida se fizesse o gozo
De saber
Que há no teu todo e no meu, um espaço
Oloroso, onde não vive o adeus.
[Júbilo,Memória, Noviciado da Paixão - Hilda Hilst]
quarta-feira, 30 de março de 2011
Tristeza é a Falta de Alegria: Hélio Leites
Decidi olhar para dentro. Hoje faço o que gosto. Quero não pensar. Quero imaginar e fazer.
Fazer o que gosto, levar arte e cultura por toda parte.
Não me fale em ingressos, sou adepta da ação colaborativa. Juntos, todos/as, pela promoção da cultura, pelo acesso à fruição e à produção cultural.
Arte e Cultura como propulsores da economia. Economia da Cultura.
Arte e Cultura como propulsores da economia. Economia da Cultura.
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