''O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.''
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Deolinda - Parva que Sou, Coliseu do Porto. Assim damos a volta a isto!
Os Deolinda repercutem em concerto e no youtube.com com a música Parva que Sou, cuja letra trás ao debate a questão do desemprego de jovens com boa formação acadêmica em Portugal (apenas lá?).
Função social da arte: provocar, evocar a reflexão, promover o debate.
O desemprego e a crise econômica e social em que muitos países se encontram exposta numa música de letra simples e aguda.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Mataram
mataram minha criatividade,
enterraram numa vala comum,
sem direito a epitáfio,
indigente, largada,
sem pai, sem mãe,
sem família, sem amor.
Desapareceu,
dela não se sabe mais
Morreu!
Hoje vou de P@z e As amendoeiras florindo em Telaviv
Mensagem de nossa amiga P@z que vivia em Telaviv em 1996.
''Queridos amigos,
Queria eu hoje contar para vocês como está linda a estrada Jerusalém-Telaviv com todas as amendoeiras florindo...é realmente uma imagem linda e seria com certeza a foto de primeira página de todos os jornais como em todos os anos, mas neste ano infelizmente não vi nenhuma foto das amendoeiras florindo... As manchetes dos jornais agora são outras e as conversas nos ônibus e nas filas dos supermercados e dos pontos de distribuição de máscaras também...
O país se volta todo para o Iraque... e para o que vai acontecer...
Hoje é dia 14 e a data final para o ataque é dia 23 de fevereiro...pelo menos o que os jornais daqui dizem...
Na guerra do Golfo que teve início dia 15 de janeiro de 1991 achávamos que Sadam Hussein não teria coragem de atacar Israel, mas assim mesmo o governo israelense preparou a população pois o serviço de informações sabia que o Iraque tinha a seu poder mísseis químicos que podiam chegar até nós... No início de janeiro recebemos ordem de escolher o quarto com menos numero de janelas e isolá-lo, ou seja, por fita adesiva nos vidros para evitar a quebra e depois disso colocar plástico e fita isolane. Nas portas fechar com fita adesiva, se houvesse sirente de ataque e na parte de baixo um pano úmido para evitar que os gases entrassem... tenho que confessar que meu coração bate ligeiro agora quando estou aqui escrevendo pra vocês e lembrando...
Antes disso... a partir de setembro de 1990, o governo começou a distribuição de máscaras e nossos soldados nos passavam tanta segurança que me lembro que enquanto nos explicavam como usar a máscara, uma pessoa perguntou o que deveríamos fazer com a máscara depois do ataque...como prepará-la para o próximo ataque e a resposta do soldado com um sorriso foi ''não se preocupe, não haverá um segundo ataque...caíram em Israel na guerra do Golfo 40 mísseis...uma pessoa morreu diretamente...mais 30 indiretamente (ataque do coração e uso indevido da máscara) e 400 saíram feridas...um milagre dadas as circunstâncias.
Na noite do dia 16 para o dia 17 estávamos todos dormindo e nem sei como eu escutei o alarme...imaginem era inverso...todas as janelas fechada...meu quarto isolado...correndo trouxemos os meninos e uma sobrinha para o meu quarto, colocamos as máscras e ajudamos os meninos a colocarem as deles...deixa eu esclarecer...enfiei meu filho mais novo (ele tinha 2 anos) a máscara por que não conseguia acordar ele de jeito nenhum...era uma máscara especial, tipo roupa de astronauta e deixei ele ficar com a chupeta...sentamos na cama e ficamos esperando...6minutos... 6 longos minutos...caíram mísseis a 800 metros da minha casa de todos os lados...Nenhum ferido...só algumas casas destruídas... e assim foi dia após dia... ou melhor, noite após noite... Durante o dia, quando se saía de casa, se levava a máscara para ir ao super ou ao banco... mas na verdade a gente só ia quando era extremamente necessário... Sadam não mandava mísseis durante o dia... mas quem ia saber se ele não resolveria mudar de idéia...
Devido a localização da minha casa, que ficava muito perto do quartel general de Israel, os mísseis passavam por nós e os patriots os derrubavam e... caíam novamente na nossa cidade...então resolvemos nos mudar para casa de familiares num lugar mais tranquilo...posso dizer que foi uma alívio... pelo menos não ouvíamos o bum dos mísseis estourando... só o barulho dos aviões que levantavam vôo logo depois que cada míssel caía (agora estávamos ao lado da maior base aérea do país).
Bom, passamos por aquela guerra...sofremos por algo que não tínhamos nada a ver... e agora está de novo Sadam Husseim nos ameaçando... isso porque o serviço não foi feito até o fim e ele ainda tem poder de jogar um míssel químico e agora também biológico...
Toda a população que deveria ter trocado suas máscaras depois da guerra (e, é claro, não fez) agora está nas filas dos postos de trocas querendo suas máscaras...abriram mais postos de troca em todo o país, mas ainda 1/4 da população não trocou a sua...as filas começam às 4 horas da manhã...os postos ficam abertos das 10 da manhã à meia noite...
O governo ainda não mandou a população escolher um quarto e isolá-lo, por isso estão todos só um pouco assustados... mas o governo americano já mandou antibióticos para tratar de toda a população em caso de ataque biológico...os patriots (armas anti mísseis) estão sendo colocados em pontos estratégicos...mas a estrada para Jerusalém está com as amendoeiras lindas florindo...meu filho saiu para ir ao cinema depois de ter pintado o cabelo de azul e o outro está aqui ao meu lado, debaixo dos cobertores, vendo um desenho animado e dando gargalhadas...E eu fico aqui pensando que estaríamos muito mais tranquilos se o serviço em 1991 tivesse sido bem feito. Um bom final de semana para todos.Beijos carinhosos.Sheila(P@z)''
O ''serviço'' ao qual se referia minha querida amiga judia foi concluído na primeira década do século XXI, os norte-americanos invadiram o Iraque e mataram Sadam Husseim. Infelizmente não significou a paz para Israel, nem tranquilidade para todas e todos os que vivem no Oriente Médio.
Semana que vem completamos 14 nos desde as notícias trazidas por P@z e infelizmente, enquanto esperarem pela paz que virá da aniquilação do inimigo, não haverá paz, nem para gregos, nem para troianos, por que A PAZ SE CONSTRÓI COLETIVAMENTE.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Pessoa Física pode deduzir até 6% com Doação para Projetos Culturais: Deu no IG
Até 6% do imposto de renda podem ser doados para arte com dedução
Pessoas físicas que fazem a declaração completa também pode destinar parte do IR pago diretamente para uma produção cultural
Pela lei Rouanet, qualquer pessoa física pode doar até 6% do valor devido ao imposto de renda por ano, que esse valor será totalmente restituído no momento do cálculo da declaração anual.
A conta é a seguinte: se uma pessoa ganha R$ 100 mil em um ano, ela, grosso modo, recolhe R$ 27,5 mil ao imposto de renda. Seriam 6% desses R$ 27,5 mil que o contribuinte poderia doar tendo uma contrapartida de dedução do imposto, ou seja, R$ 1,65 mil. Para renda de R$ 50 mil, o valor dedutível seria de R$ 825 e, para renda de R$ 1 milhão, o potencial de doação sem custo direto é de R$ 16,5 mil.
Leia também:
Essa diferença será usada para reduzir o valor a ser pago na declaração de imposto de renda entregue no ano seguinte ou para elevar o valor de restituição, se o contribuinte tiver retenção de IR na fonte. Para pessoas jurídicas, o limite é de 4% do valor pago em imposto de renda.
O auditor Walisson Correia de Almeida fez, no ano passado, a primeira doação de recursos via lei Rouanet para um artista conhecido dele. "Eu nunca tinha ouvido falar dessa possibilidade e, quando eu e minha mulher fomos abordados, checamos a lei e vimos que (a doação) não tem mistério."
Almeida fez as contas com base na renda do ano e doou para o projeto o teto de 6%. "Tenho plena confiança de que a doação vai ser descontada do imposto de renda, mas só dei o dinheiro mesmo porque conheço a pessoa e o seu trabalho."
Vantagem só na declaração completa
Assim como ocorre com investimentos em previdência privada, por exemplo, o contribuinte só conseguirá deduzir o valor doado a cultura se apresentar a declaração de IR completa. No modelo simplificado, não existe a rubrica para dedução.
A doação deve ser feita em conta corrente do Banco do Brasil em nome do produtor do evento cultural. Essa conta tem de ser devidamente registrada pelo Ministério da Cultura. Para segurança do doador, é possível conferir se a conta corrente e o projeto constam de Portarias emitidas pelo MinC.
O dinheiro é transferido dessa conta para o empreendimento aos poucos e com limitações. Por exemplo, se o empreendedor não conseguir mais de 20% do valor pedido, o recurso não é liberado, exceto se houver argumentação de que o projeto seja possível com apenas essa parcela dos recursos disponível.
O produtor que receber os recursos tem de entregar ao doador um recibo, que deverá ser informado na declaração de IR, no item 41. Outro documento idêntico será usado pelo produtor para registrar a doação junto ao governo.
Registros de obra e doações são públicos
No site do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), tudo é público. De forma que o doador tem de estar ciente de que seu nome e CPF vão figurar entre os doadores de determinado empreendimento cultural. O site pode ser usado para checagem de que a doação foi devidamente registrada e que, portanto, é possível deduzi-la do IR.
Almeida, porém, ficou ressabiado ao saber que a reportagem do iG tinha acesso ao valor de sua doação no site do Ministério da Cultura, onde também estava acessível o seu endereço. "Como bom auditor, a transparência não me incomoda, mas fico um pouco preocupado em saber que meu endereço aparece."
O Ministério da Cultura aceita que se retirem esses dados pessoais do sistema eletrônico ou que o incentivador deixe de informar endereço e telefone no recibo de doação, para não se expor.
Depois do evento, também no Salic, o doador poderá acompanhar a prestação de contas do projeto cultural. Em geral, o proponente tem de informar o Ministério da Cultura os seus gastos em prazo de até 30 dias depois do evento consumado.
O auditor Walisson Correia de Almeida fez, no ano passado, a primeira doação de recursos via lei Rouanet para um artista conhecido dele. "Eu nunca tinha ouvido falar dessa possibilidade e, quando eu e minha mulher fomos abordados, checamos a lei e vimos que (a doação) não tem mistério."
Almeida fez as contas com base na renda do ano e doou para o projeto o teto de 6%. "Tenho plena confiança de que a doação vai ser descontada do imposto de renda, mas só dei o dinheiro mesmo porque conheço a pessoa e o seu trabalho."
Vantagem só na declaração completa
Assim como ocorre com investimentos em previdência privada, por exemplo, o contribuinte só conseguirá deduzir o valor doado a cultura se apresentar a declaração de IR completa. No modelo simplificado, não existe a rubrica para dedução.
A doação deve ser feita em conta corrente do Banco do Brasil em nome do produtor do evento cultural. Essa conta tem de ser devidamente registrada pelo Ministério da Cultura. Para segurança do doador, é possível conferir se a conta corrente e o projeto constam de Portarias emitidas pelo MinC.
O dinheiro é transferido dessa conta para o empreendimento aos poucos e com limitações. Por exemplo, se o empreendedor não conseguir mais de 20% do valor pedido, o recurso não é liberado, exceto se houver argumentação de que o projeto seja possível com apenas essa parcela dos recursos disponível.
O produtor que receber os recursos tem de entregar ao doador um recibo, que deverá ser informado na declaração de IR, no item 41. Outro documento idêntico será usado pelo produtor para registrar a doação junto ao governo.
Registros de obra e doações são públicos
No site do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), tudo é público. De forma que o doador tem de estar ciente de que seu nome e CPF vão figurar entre os doadores de determinado empreendimento cultural. O site pode ser usado para checagem de que a doação foi devidamente registrada e que, portanto, é possível deduzi-la do IR.
Almeida, porém, ficou ressabiado ao saber que a reportagem do iG tinha acesso ao valor de sua doação no site do Ministério da Cultura, onde também estava acessível o seu endereço. "Como bom auditor, a transparência não me incomoda, mas fico um pouco preocupado em saber que meu endereço aparece."
O Ministério da Cultura aceita que se retirem esses dados pessoais do sistema eletrônico ou que o incentivador deixe de informar endereço e telefone no recibo de doação, para não se expor.
Depois do evento, também no Salic, o doador poderá acompanhar a prestação de contas do projeto cultural. Em geral, o proponente tem de informar o Ministério da Cultura os seus gastos em prazo de até 30 dias depois do evento consumado.
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