''Quando se quebra a palavra não existe modo de recuperar o caráter. Igual a cavalo: depois de uma fratura, não corre mais. Nem adianta alegar que “aconteceu” ou que não teve como controlar (desculpa ainda mais calhorda, ao transferir a culpa e se isentar do ato).''
''Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Uma mulher que merece viver e amar'' como outra qualquer do planeta''(...)
Saiba Mais de Maria
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Encontro de Amigas - Organização
Certa vez disse num texto que 'amores vêm e vão, amig@s são para sempre'. Vári@s amig@s vibraram, ainda mais por que foi publicado num dia dos namorados em que vári@s estavam sozinh@s. Mas os amores não precisam ir para cultivarmos e celebrarmos as amizades. Todo dia é dia de sinalizar para @s amig@s o quanto são importantes. Vamos celebrar! Organizar encontro de amigas é o mote de hoje.
No novo apartamento, esse bem pertinho do Amor, celebrei pouco com amig@s. Seja por que Amor é ''bicho do mato'', seja por que a felicidade de estar com ele tenha me afastado da órbita por um tempo. Afastar-se da órbita, não recomendo. De qualquer modo, convidei amigas para celebrar amizade nesta quarta-feira, 08/12.
Sessão de filme ''menina'', com direito a espumante, acepipes preparados com afeto pela anfitriã que vos escreve, bate-papo sobre assuntos diversos-importantes-fundamentais-na-vida-de-moças-indenpendentes-como-nós e post com fotinhos no dia seguinte. Detalhe: sem detalhes!
Para organizar um encontro de amigas, primeiro passo, convidá-las com pelo menos 3 ou 4 dias de antecedência. Moças-independentes têm agendas recheadas de reuniões, eventos, compromissos. E...
No caso desta quarta, teremos petiscos ''vegetables total'', que no próximo post de culinária publicarei com passo a passo. Contenham-se, acho que vão amar! São receitinhas novas - algumas do Chuck! Não deixem de cobrar a publicação deste post, ando muito emotiva, publicando só por demanda do coração.
No mais: portas abertas - da casa, do coração e da cabeça! Porque, afinal
TODA MULHER TEM DIREITO A CELEBRAR... INDEPENDENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS
No novo apartamento, esse bem pertinho do Amor, celebrei pouco com amig@s. Seja por que Amor é ''bicho do mato'', seja por que a felicidade de estar com ele tenha me afastado da órbita por um tempo. Afastar-se da órbita, não recomendo. De qualquer modo, convidei amigas para celebrar amizade nesta quarta-feira, 08/12.

Para organizar um encontro de amigas, primeiro passo, convidá-las com pelo menos 3 ou 4 dias de antecedência. Moças-independentes têm agendas recheadas de reuniões, eventos, compromissos. E...
- Peça às amigas que tragam as bebidinhas, preferencialmente no caso em questão, espumante!
- Reserve o filme ''menina'' na locadora;
- Pense na decoração temática (pique nique, boteco, glamour-girl - hífens decadentes - bah!);
- Providencie, já no dia do convite, os elementos de decoração.
- Lembre-se de chocolates - encontro de meninas tem de ter chocolates - e, claro;
- Reserve as receitas de acepipes temáticos.

No caso desta quarta, teremos petiscos ''vegetables total'', que no próximo post de culinária publicarei com passo a passo. Contenham-se, acho que vão amar! São receitinhas novas - algumas do Chuck! Não deixem de cobrar a publicação deste post, ando muito emotiva, publicando só por demanda do coração.
No mais: portas abertas - da casa, do coração e da cabeça! Porque, afinal
TODA MULHER TEM DIREITO A CELEBRAR... INDEPENDENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Os Patos
Hoje li um texto que me colocou macacos no sótão. Decidi compartilhar com vocês por que mudou minha vida lê-lo. Tão simples, tão óbvio e eu não via. Vamos lá, então...

Assim, liberados da energia acumulada na luta, nadam em paz, como se nada tivesse acontecido.
Agora, e se fôssemos como os patos? Se conseguissêmos calar essa voz interna que fica martelando na cabeça, repetindo e repetindo a história, apontando culpados, recontando e criando novos e tenebrosos detalhes? A voz insiste e cria novos diálogos fictícios, se disséssemos isso, se respondesse aquilo. Será que conseguimos?
Podemos calar essa voz, mas para isso precisamos ter consciência de que esta voz não é o que somos, é apenas o ego vociferando para manter o estado de dor e de indignação, enquanto nos distanciamos de nós e de nossos desejos reais.
Eu quero ser como os patos! E você?
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
A Menina e a Concha
Querida R.,
Sinto saudades de algo indizível que tive e perdi. Sinto saudades do afeto, sinto saudades de ti.
Sinto-me feliz por lê-la realizada e feliz com as perspectivas de voltar a terra natal. Sua carta foi um afago necessário.
Por aqui a vida segue seu curso, com obstáculos transpostos a cada instante pelo frescor das águas passageiras. Prefiro assim acreditar, por isso me chamas sonhadora.
Dia desses caminhava pela praia fim de tarde, predileta hora do dia, quando avistei uma Menina. Ela se encantara com uma grande Concha, que encalhara na areia. Olhava-a fascinada.
Sentei-me para observar a cena, enquanto a brisa passava descompromissada pelos cabelos - meus e da menina - sem rumo certo.
A curiosidade fluía na ponta dos dedos da criança, enquanto seus olhinhos brilhantes, sorrateiros procuravam a voz da vigilância e a concha reluzia ante os raios de sol que teimavam em permanecer aquela hora.
Vendo-se livre e sentindo-se fascinada, estendeu a mãozinha afoita em direção à concha, que lhe retribuiu o afago, abrindo uma breve fenda macia em sua casca rija. Imediatamente, não apenas sorria a eMenina com os olhos e mãos, como com todo o rosto infantil. Iluminara-se e pulava e dançava rodopiando na areia a conquista.
Investiu mais uma vez em direção à Concha, que lhe sorriu um sorriso de concha, macio e desajeitado, mais amplo e afetuoso que antes. A garotinha exultava e queria mais e mais. Aprofundavam - a Menina e a Concha - o afeto e a confiança.
A Concha, no entanto, por sua própria natureza, tinha limites. Não era possível abrir-se mais, por mais que tentasse. Mas a criança, por sua própria condição, não compreendeu. E as crianças podem ser cruéias às vezes: queimam rabo de gato, colocam sal em lesmas, matam formigas.
A Menina, como criança que era, não entendeu os limites da Concha e quis abrir-lhe ainda mais, quis morar dentro dela. As mãozinhas nervosas, então, deixaram por um instante a delicadeza de que necessita a Concha. A garota insiste, tenta, quer abrí-la a todo custo. Busca colher, pazinha, faca, tira da sacola mágica um machado, um serrote, usa todas as ferramentas disponíveis até que encontra bem no fundo do saco algo que lhe poderia ajudar a abrir a Concha.
Saca, rápida, o fórceps com que viola a Concha, cruel como apenas as crianças feridas podem ser, revela toda a fragilidade da Concha. Esta, constrangida por ver-se assim exposta, (en)cerra-se em sua vergonha e dor para não mais se abrir.
A Menina inconsolável grita e esperneia, faz birra, sentindo-se abandonada, até que exausta dá-se conta da dor que causara à Concha. Senta-se na areia desolada, balança seu corpinho para frente e para trás em busca de consolo, enquanto de longe tudo registro. Percebo seu olhar distante, e lágrimas que teimam em lavar o rostinho triste: Perdera a Concha de seus sonhos infantis.
O sol já se deitava quando me perguntei: 'teria eu sido uma criança obstinada?' Naquele momento, querida amiga, uma nuvem encobre o pouco de sol que ainda restava, apagando o meu dia antes da hora.
Sua amiga sempre,
Anita Lopes
Sinto saudades de algo indizível que tive e perdi. Sinto saudades do afeto, sinto saudades de ti.
Sinto-me feliz por lê-la realizada e feliz com as perspectivas de voltar a terra natal. Sua carta foi um afago necessário.
Por aqui a vida segue seu curso, com obstáculos transpostos a cada instante pelo frescor das águas passageiras. Prefiro assim acreditar, por isso me chamas sonhadora.
Dia desses caminhava pela praia fim de tarde, predileta hora do dia, quando avistei uma Menina. Ela se encantara com uma grande Concha, que encalhara na areia. Olhava-a fascinada.
Sentei-me para observar a cena, enquanto a brisa passava descompromissada pelos cabelos - meus e da menina - sem rumo certo.
A curiosidade fluía na ponta dos dedos da criança, enquanto seus olhinhos brilhantes, sorrateiros procuravam a voz da vigilância e a concha reluzia ante os raios de sol que teimavam em permanecer aquela hora.
Vendo-se livre e sentindo-se fascinada, estendeu a mãozinha afoita em direção à concha, que lhe retribuiu o afago, abrindo uma breve fenda macia em sua casca rija. Imediatamente, não apenas sorria a eMenina com os olhos e mãos, como com todo o rosto infantil. Iluminara-se e pulava e dançava rodopiando na areia a conquista.
Investiu mais uma vez em direção à Concha, que lhe sorriu um sorriso de concha, macio e desajeitado, mais amplo e afetuoso que antes. A garotinha exultava e queria mais e mais. Aprofundavam - a Menina e a Concha - o afeto e a confiança.
A Concha, no entanto, por sua própria natureza, tinha limites. Não era possível abrir-se mais, por mais que tentasse. Mas a criança, por sua própria condição, não compreendeu. E as crianças podem ser cruéias às vezes: queimam rabo de gato, colocam sal em lesmas, matam formigas.
A Menina, como criança que era, não entendeu os limites da Concha e quis abrir-lhe ainda mais, quis morar dentro dela. As mãozinhas nervosas, então, deixaram por um instante a delicadeza de que necessita a Concha. A garota insiste, tenta, quer abrí-la a todo custo. Busca colher, pazinha, faca, tira da sacola mágica um machado, um serrote, usa todas as ferramentas disponíveis até que encontra bem no fundo do saco algo que lhe poderia ajudar a abrir a Concha.
Saca, rápida, o fórceps com que viola a Concha, cruel como apenas as crianças feridas podem ser, revela toda a fragilidade da Concha. Esta, constrangida por ver-se assim exposta, (en)cerra-se em sua vergonha e dor para não mais se abrir.
A Menina inconsolável grita e esperneia, faz birra, sentindo-se abandonada, até que exausta dá-se conta da dor que causara à Concha. Senta-se na areia desolada, balança seu corpinho para frente e para trás em busca de consolo, enquanto de longe tudo registro. Percebo seu olhar distante, e lágrimas que teimam em lavar o rostinho triste: Perdera a Concha de seus sonhos infantis.
O sol já se deitava quando me perguntei: 'teria eu sido uma criança obstinada?' Naquele momento, querida amiga, uma nuvem encobre o pouco de sol que ainda restava, apagando o meu dia antes da hora.
Sua amiga sempre,
Anita Lopes
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