terça-feira, 26 de outubro de 2010

Infográfico by IlustreBob - Adorei!

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3. Veja o panfleto num tamanho maior!
4. Via @IlustreBOB

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Poderoso Chefão: Receita Inesquecível num Clássico do Cinema




''Um homem que não se dedica a familia





nunca será um homem de verdade''.



( O Poderoso Chefão, parte I, 1972)



The Godfather (no original) se tornou um épico, recheado de momentos inesquecíveis do cinema. Cenas como o tiroteio na barraca de frutas, o assassinato no restaurante, Don Vito no canteiro de tomates, toda a seqüência de Michael na Sicília e muitas outras, então vivas na memória dos cinéfilos mesmo quase 20 anos depois de seu lançamento.


Uma dessas cenas marcantes para mim, que amo receitas e cinema, é aquela em que um dos 'funcionários' de Don Corleone está preparando um espaguete e conta ao Michael, filho dileto do don, os segredos da receita tradicional italiana.


''primeiro refoga o alho e a cebola, junta as almôndegas, tomates frescos, e, claro, um pouco de polpa de tomates, tempera com sal, basílico e...'' vem o segredo revelado pelo cinema: junta uma colher de açúcar.


Infelizmente o homem precisa sair urgente para fazer um serviço  para o capo, nos deixando apenas o aroma e o sabor do espaguete a preencher a imaginação.


Na minha experiência sugiro que o alho seja aduzido apenas depois que as almôndegas já estejam quase douradas, antes de juntar os tomates frescos, a polpa e o manjericão. Isto porque, se juntamos antes o alho certamente irá ficar dourado demais, deixando um acento amargo marcante no molho. 


A massa, claro, deve estar ao dente. Esse ponto garante a manutenção da alma da pasta: firme, mas não crua e deve ser acompanhado de parmesão ralado na hora. 


A receita foi testada, e aprovada por Bella e Bito - os filhotes de plantão - num sábado à noite de família reunida. 


Para quem vai experimentar: Bom apetite!


Se você também tem uma receita bacana que viu em filmes, me conte. Vamos trocar figurinhas e publicar aqui as melhores receitas do cinema.






Respeite dos direitos de autoria. Se for citar, dê créditos à autora.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Diário de Bordo - Lisboa II

A viagem a Lisboa foi uma pausa na vida. Embora tenha ido a trabalho para A Coruña (é assim mesmo que se escreve em galego) e tenha tido uma reunião em Lisboa, todas as outras horas de minha estada em Portugal foram dedicadas a aproveitar os dias. 



Dias quentes aqueles,  jamais tinha ido à Europa no verão. Só de lembrar meus olhos se enchem daquele brilho distinto, e  deslizam lânguidos para o alto, buscando dar corpo às lembranças dos dias idos. 
Sentia-me feliz e abençoada só de estar ali, sentindo o tempo passar por mim preguiçoso, enquanto eu, feito criança, saltitava aqui, ali e acolá. 














Visitar o Museu do Fado foi uma experiência incrível. Confesso que entrei um pouco pelo tema e muito pelo calor que fazia fora. Sabia nada sobre o fado, exceto que é música tradicional lusa, que Chico Buarque compusera um e que Amália Rodrigues é uma de suas deusas. É claro que conheço Madredeus, que gosto sem saber se é fado ou não, mas me dêem licença poética para exagerar sobre minha ignorância a cerca do tema, afinal isso me garante algo de mágico à narrativa.



A ordem dada ao Museu não chega a ser de todo interessante, no entanto, o quanto aprendi cercada de fado por todos os lados, o quanto senti cada nota percorrer-me a pele, os olhos e os ouvidos num carinho envolvente e melancólico, como um fim de tarde com brisa, sem ser triste.
 
Descobri que há algo de contestação no fado, que nasceu nos portos de Lisboa. Algo que li no Museu e que, segundo alguns, por imprecisão histórica não está expresso, mas implícito aqui e acolá, como se os portugueses não se orgulhassem dessa origem popular e malandra do fado. Confesso aos irmãos do outro lado do oceano, que foi justamente essas origens 'na resistência' que mais me encantaram. 

A cada linha que lia sobre a história do fado em seu museu, lembrava-me da história da capoeira no Brasil, razão de rótulos e comentários que ligavam  sua prática à vadiagem e à vida desregrada das periferias, dos portos em nosso país.

Bebendo um pouco mais na fonte, não pude deixar de relacioná-lo ao movimento hip hop e via, no fado, um irmão bem mais velho do rap, por suas origens e sua história ligada ao povo, às ruas e aos primórdios da globalização construída por Portugal no período das grandes navegações. 

Há, certamente no fado, um lirismo melancólico da gente do lado de lá do oceano, que é fascinante. As horas no Museu passaram sem que eu pudesse sorver tudo o que me poderia proporcionar. Saí triste por não poder ver tudo, mas com uma felicidade intimista, que creio, só o fado pode propiciar. 

foto:Maria Cláudia Cabral
Em frente ao Museu está o Largo do Chafariz de Dentro, em que charmosas tascas servem a esplêndida comida portuguesa - com certeza! Lá, experimentei Ameijoas à Bulhão Pato, iguaria tradicional que enlouquece os sentidos. Estando de frente para o Largo, o primeiro restaurante a sua esquerda, serve as melhores ameijoas que provei em Lisboa, combinadas com super simpático atendimento de Cecília e uma geladíssima completaram mais uma tarde  incrível na capital lusa. Recomendo fortemente a experiência (da capital lusa, do museu do fado e da gelada com ameijoas no Largo).


Se você, como eu, quis saber mais, sugiro abaixo alguns links que tratam sobre o fado:

http://www.edusurfa.pt/Area.asp?seccao=2&area=6&artigoid=7907

 http://pt.shvoong.com/books/1735220-hist%C3%B3ria-fado/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fado

http://youtube.com/fado




Respeite os direitos de autoria. Se for citar, dê crédito a autora.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Há Muitas Marias em Mim


Há muitas Marias em mim:

Maria das Graças, Maria Das Dores
Maria Aparecida, Maria Auxiliadora
Maria-Maria
Maria, lutadora

Há Maria Sem-Vergonha
Maria Imaculada,
Maria sonhadora, Maria desbocada


Há Maria Madalena,
Maria Anunciada,
Maria, Marias
Maria, inconformada

Há Maria sem-certeza
Maria gasolina,
Maria sem terra, sem teto
Maria, deslocada

Cadê Maria Coragem
Maria cheia-de-graça
Maria, só Maria
Maria, descolada?

Há tantas Marias em mim,
Tantas que nem sei dizer

Maria faca-na-bota,
Maria, Mariazinha

Cá está Maria, simplesmente Marias.