Cansei de ter respostas prontas.
Agora me dou ao luxo de fazer perguntas.
''Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Uma mulher que merece viver e amar'' como outra qualquer do planeta''(...)
Saiba Mais de Maria
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
O Poderoso Chefão: Receita Inesquecível num Clássico do Cinema
''Um homem que não se dedica a familia
nunca será um homem de verdade''.
( O Poderoso Chefão, parte I, 1972)
Uma dessas cenas marcantes para mim, que amo receitas e cinema, é aquela em que um dos 'funcionários' de Don Corleone está preparando um espaguete e conta ao Michael, filho dileto do don, os segredos da receita tradicional italiana.
''primeiro refoga o alho e a cebola, junta as almôndegas, tomates frescos, e, claro, um pouco de polpa de tomates, tempera com sal, basílico e...'' vem o segredo revelado pelo cinema: junta uma colher de açúcar.
Infelizmente o homem precisa sair urgente para fazer um serviço para o capo, nos deixando apenas o aroma e o sabor do espaguete a preencher a imaginação.
Na minha experiência sugiro que o alho seja aduzido apenas depois que as almôndegas já estejam quase douradas, antes de juntar os tomates frescos, a polpa e o manjericão. Isto porque, se juntamos antes o alho certamente irá ficar dourado demais, deixando um acento amargo marcante no molho.
A massa, claro, deve estar ao dente. Esse ponto garante a manutenção da alma da pasta: firme, mas não crua e deve ser acompanhado de parmesão ralado na hora.
A receita foi testada, e aprovada por Bella e Bito - os filhotes de plantão - num sábado à noite de família reunida.
Para quem vai experimentar: Bom apetite!
Se você também tem uma receita bacana que viu em filmes, me conte. Vamos trocar figurinhas e publicar aqui as melhores receitas do cinema.
Respeite dos direitos de autoria. Se for citar, dê créditos à autora.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Diário de Bordo - Lisboa II
A viagem a Lisboa foi uma pausa na vida. Embora tenha ido a trabalho para A Coruña (é assim mesmo que se escreve em galego) e tenha tido uma reunião em Lisboa, todas as outras horas de minha estada em Portugal foram dedicadas a aproveitar os dias.
Dias quentes aqueles, jamais tinha ido à Europa no verão. Só de lembrar meus olhos se enchem daquele brilho distinto, e deslizam lânguidos para o alto, buscando dar corpo às lembranças dos dias idos.
Sentia-me feliz e abençoada só de estar ali, sentindo o tempo passar por mim preguiçoso, enquanto eu, feito criança, saltitava aqui, ali e acolá.

Visitar o Museu do Fado foi uma experiência incrível. Confesso que entrei um pouco pelo tema e muito pelo calor que fazia fora. Sabia nada sobre o fado, exceto que é música tradicional lusa, que Chico Buarque compusera um e que Amália Rodrigues é uma de suas deusas. É claro que conheço Madredeus, que gosto sem saber se é fado ou não, mas me dêem licença poética para exagerar sobre minha ignorância a cerca do tema, afinal isso me garante algo de mágico à narrativa.
A ordem dada ao Museu não chega a ser de todo interessante, no entanto, o quanto aprendi cercada de fado por todos os lados, o quanto senti cada nota percorrer-me a pele, os olhos e os ouvidos num carinho envolvente e melancólico, como um fim de tarde com brisa, sem ser triste.
Descobri que há algo de contestação no fado, que nasceu nos portos de Lisboa. Algo que li no Museu e que, segundo alguns, por imprecisão histórica não está expresso, mas implícito aqui e acolá, como se os portugueses não se orgulhassem dessa origem popular e malandra do fado. Confesso aos irmãos do outro lado do oceano, que foi justamente essas origens 'na resistência' que mais me encantaram.
A cada linha que lia sobre a história do fado em seu museu, lembrava-me da história da capoeira no Brasil, razão de rótulos e comentários que ligavam sua prática à vadiagem e à vida desregrada das periferias, dos portos em nosso país.
Bebendo um pouco mais na fonte, não pude deixar de relacioná-lo ao movimento hip hop e via, no fado, um irmão bem mais velho do rap, por suas origens e sua história ligada ao povo, às ruas e aos primórdios da globalização construída por Portugal no período das grandes navegações.
Bebendo um pouco mais na fonte, não pude deixar de relacioná-lo ao movimento hip hop e via, no fado, um irmão bem mais velho do rap, por suas origens e sua história ligada ao povo, às ruas e aos primórdios da globalização construída por Portugal no período das grandes navegações.
Há, certamente no fado, um lirismo melancólico da gente do lado de lá do oceano, que é fascinante. As horas no Museu passaram sem que eu pudesse sorver tudo o que me poderia proporcionar. Saí triste por não poder ver tudo, mas com uma felicidade intimista, que creio, só o fado pode propiciar.
![]() |
foto:Maria Cláudia Cabral |
Em frente ao Museu está o Largo do Chafariz de Dentro, em que charmosas tascas servem a esplêndida comida portuguesa - com certeza! Lá, experimentei Ameijoas à Bulhão Pato, iguaria tradicional que enlouquece os sentidos. Estando de frente para o Largo, o primeiro restaurante a sua esquerda, serve as melhores ameijoas que provei em Lisboa, combinadas com super simpático atendimento de Cecília e uma geladíssima completaram mais uma tarde incrível na capital lusa. Recomendo fortemente a experiência (da capital lusa, do museu do fado e da gelada com ameijoas no Largo).
Se você, como eu, quis saber mais, sugiro abaixo alguns links que tratam sobre o fado:
http://www.edusurfa.pt/Area.asp?seccao=2&area=6&artigoid=7907
http://pt.shvoong.com/books/1735220-hist%C3%B3ria-fado/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fado
http://youtube.com/fado
Respeite os direitos de autoria. Se for citar, dê crédito a autora.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Há Muitas Marias em Mim
Há muitas Marias em mim:
Maria das Graças, Maria Das Dores
Maria Aparecida, Maria Auxiliadora
Maria-Maria
Maria, lutadora
Há Maria Sem-Vergonha
Maria Imaculada,
Maria sonhadora, Maria desbocada
Há Maria Madalena,
Maria Anunciada,
Maria, Marias
Maria, inconformada
Há Maria sem-certeza
Maria gasolina,
Maria sem terra, sem teto
Maria, deslocada
Cadê Maria Coragem
Maria cheia-de-graça
Maria, só Maria
Maria, descolada?
Há tantas Marias em mim,
Tantas que nem sei dizer
Maria faca-na-bota,
Maria, Mariazinha
Cá está Maria, simplesmente Marias.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Feitiço da Lua
No final dos 80 tive a oportunidade de ver Cher no cinema protagonizando um triangulo amoroso com Nicolas Cage e Vincent Gardenia. Era Feitiço da Lua, comédia de costumes de Norman Jewison, lançado em 1987.
Há nessa película algo de inesquecível, a receita de ovo com pão de forma, que trago a vida inteira comigo. Quando quis que meus filhos experimentassem ovo, foi com essa receita que eu os encantei. Eu a chamava Ovo Mágico e eles até hoje, já crescidos, vez ou outra, me pedem para fazer o Ovo Mágico. Foi assim nesse feriado.
É uma receita bem simples, fácil de fazer, deliciosa e boa para aqueles que gostam de dormir até mais tarde no domingo (ou no feriado).
Posso garantir que também é ótima quando quiser fazer uma graça com o/a namorado/a, servindo um desjejum charmoso. Neste caso, recomendo fortemente que prepare uma bela bandeja e leve na cama, tiro e queda.
Para fazer Ovos Mágicos basta:
- Ovos
- Manteiga (por favor, use manteiga e não margarina, salvo se tiver problemas com colesterol ou artérias obstruídas);
- Pão de forma, preferencialmente integral;
- Sal à gosto.
É um tanto contraditório fazer questão de manteiga e não abrir mão do pão integral'. Bom, penso que já estou investindo meus créditos na manteiga, então, preciso garantir pelo menos o pão integral.
Para prepará-los, como disse, é simples:
Colocar um pouquinho - pouco mesmo - de manteiga para derreter na frigideira (antiaderente). Tomar uma fatia de pão, remover um pequeno pedaço do centro, formando um círculo de aproximadamente 3cm de diâmetro. Colocar sobre a manteiga aquecida por alguns segundos, virar o pão e colocar mais uma porçãozinha de manteiga dentro do círculo e abrir o ovo nesse espaço. Fogo brando. Tampe para que possa cozinhar por igual, mas...
...Não vai cozinhar por igual, são décadas tentando, acredite. Em algum momento você precisará virar o pão. Neste caso, faça rapidamente e sem quebrar a gema (fica feio). Deixe por alguns segundos, apenas para finalizar o cozimento da clara.
Deite sobre um prato, com a gema para cima e acompanhe com café, uma fruta e um laticínio, a fim de que a refeição seja nutritivamente completa.
Delicioso e aconchegante. Enjoy it!
Respeite os direitos autorais. Se for citar, dê crédito a autora.
Assinar:
Postagens (Atom)