quinta-feira, 28 de maio de 2009

Agora

Foto: Maria Cláudia Cabral


...''E sabe que o ontem é apenas a memória de hoje e o amanhã é o sonho de hoje'' (Gibran Khalil Gibran).



Ilusão fazer planos. Para os que crêem em Deus, seja lá como o chamem, e para os que não crêem há uma piadinha que gosto muito de contar. 'Você quer fazer Deus morrer de rir? Conte seus planos para Ele.


Nâo há planos, minhas caras (e caros). E, calma, essa não é uma manifestação de pessimisto ou ceticismo. É a constatação que futuro não existe, nem o nosso, nem o do planeta, nem o da humanidade. É certo, a meu sentir, que ele - próximo ou distante - é tão somente consequencia do agora. O passado não existe tampouco, eventualmente consiste em lembranças - boas ou más - não importa, apenas lembranças, talvez nem isso.


O próximo segundo pode não acontecer para algum de nós. Ele de fato não acontece para milhares de pessoas que desligam-se da Terra a cada instante no mundo. Não acontece para cada um de nós, é ilusão. O beijo não dado hoje, jamais poderá ser dado, por que 28 de maio de 2009 passou e não se repetirá. A palavra não dita agora, não será dita ainda que você insista em expressar - eventualmente - um momento depois desse. Este não é aquele e até a luminosidade no céu já não é a mesma. Não somos, no minuto seguinte a ouvir ou ver alguém, quem fôramos. E o momento já não é futuro próximo é o próprio agora. Estamos em constante transformação, cada minuto é unico. É a chance de sermos quem somos. A solitária oportunidade de sermos felizes.


O passado não pode ser mudado. A palavra dita não volta para dentro da boca. O que fizemos e o que não fizemos:foi. As escolhas não podem ser desfeitas, podem até ser refeitas mas não apagadas. Ouvi certa feita de Juca Ferreira que a volta não é um retorno, é um novo caminho. Não esqueci esta frase. A estrada percorrida jamais será a mesma trilha. A transformação permanente de nós e de tudo a nossa volta nos impede de repetir. A metamorfose ambulante de Raul é a expressão do 'mundo' em permanente transformação.



Trabalhamos hoje. Comemos hoje. Amamos hoje. E atenção aqui, estou sendo bem condescendente. 'Em verdade, em verdade vos digo', vivemos, amamos, trabalhamos, comemos AGORA. Cada segundo é uma experiência, cada minuto uma sequencia de escolhas. Do momento em que abrimos os olhos pela manhã àquele em que os fechamos. E nada está garantido. O que faço agora: expor as idéias. Nâo o farei novamente, porque no momento em que as publicar, já não serei capaz de reproduzi-las tal qual aqui foram postas (acontece cada vez que escrevo - aposto que com vocês também). Elas já não me pertencem e, isso por si só faz do instante seguinte um outro momento. Se virem os textos passados, poderão perceber ligeiras ou grandes contradições, a depender do momento em que os escrevi.


Agora. Só o agora existe. O que faço com ele?



TODA MULHER TEM O DIREITO DE VIVER: AGORA.



Respeite os direitos da autora. Se for citar, dê créditos.

Um comentário:

  1. por isso mesmo, por causa do 'agora' eu nem esquento a cabeça com muita coisa mais.. e daí que eu não trabalho? sei la se eu vou estar viva pra aproveitar os frutos dele, ne. kkkk no momento, só me preocupo com o picolé que derrete na outra mão, enqto boto esse coment aqui. ;D' BJ!

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